Vídeo: Bolsonaro diz que lamenta invasão russa da Ucrânia
Presidente compartilhou imagens com a declaração nesta terça-feira (1º). Brasil vai oferecer visto humanitário para ucranianos
Brasília|Plínio Aguiar, do R7, em Brasília
O presidente Jair Bolsonaro compartilhou um vídeo nas redes sociais em que afirma lamentar a invasão russa à Ucrânia. A declaração ocorreu durante entrevista para uma rádio na última segunda-feira (28) e foi publicada nesta terça-feira (1º) pelo mandatário. A postagem (veja abaixo) reforça o sentimento em relação aos ucranianos, que seguem sendo alvos pelo sexto dia seguido.
"A gente lamenta o que está ocorrendo na Ucrânia e lamenta a invasão. Assim como nós fizemos em setembro de 2021, por visto humanitário, nós permitimos que afegãos viessem ao Brasil. São cristãos, mulheres, crianças. Eu conversei com Carlos França [ministro das Relações Exteriores], ele disse que já ia tomar as providências [em relação ao visto humanitário aos cidadãos da Ucrânia", disse.
"Nós vamos abrir a possibilidade de ucranianos virem ao Brasil por meio do visto humanitário. Nós faremos todo o possível para receber o povo ucraniano, que, por ventura, queira vir para cá", completou.
Bolsonaro já havia dito que o país concederá visto humanitário aos ucranianos. A medida é dada ao cidadão de qualquer país que esteja em situação grave ou iminente instabilidade institucional, de conflito armado, de calamidade de grande proporção, de desastre ambiental, de grave violação de direitos humanos ou de direito internacional humanitário.
Apesar de lamentar a invasão, o mandatário afirmou que não tem o que dialogar com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, no momento. A declaração ocorreu após o encarregado de negócios da Embaixada da Ucrânia no Brasil, Anatoliy Tkach, dizer que Bolsonaro está "mal informado" e sugerir que ele conversasse com Zelensky para mudar a orientação de neutralidade.
Diferentemente de outras declarações, Bolsonaro defendia a posição do Brasil de neutralidade em relação ao conflito. O mandatário destacava que o caminho que deve ser seguido é o da paz e pontuou problemas econômicos que a guerra pode acarretar.