Vídeo: em audiência de custódia, ex-assessor de Bolsonaro nega contato com Mauro Cid
Câmara está preso preventivamente desde o dia 18 e junho nas instalações do Batalhão de Polícia do Exército, em Brasília
Em audiência de custódia, o coronel Marcelo Costa Câmara, ex-assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), negou qualquer tipo de contato com o ex-ajudante de ordens do ex-presidente, tenente-coronel Mauro Cid.
“Desde que fui solto, em 16 de maio, eu procurei seguir todas as medidas cautelares que me foram impostas, inclusive essa que eu estou sendo acusado de ter quebrado. Eu não conversei com o colaborador, nem por terceiros”, disse Câmara.
Leia Mais
Câmara está preso preventivamente desde o dia 18 e junho nas instalações do Batalhão de Polícia do Exército, em Brasília.
O ministro Alexandre de Moraes determinou a detenção após o advogado de Câmara, Luiz Eduardo Kuntz, tentar interferir na delação premiada do tenente-coronel.
Entenda o caso

No entendimento de Moraes, Câmara tentou, por meio da defesa, obter informações sigilosas sobre o acordo de colaboração premiada de Cid, visto que o advogado registrou intenção de descobrir os termos da delação para beneficiar o cliente dele.
“A tentativa, por meio de seu advogado, de obter informações então sigilosas do acordo de colaboração premiada de Mauro César Barbosa Cid indicam o perigo gerado pelo estado de liberdade do réu Marcelo Costa Câmara, em tentativa de embaraço às investigações”, frisou Moraes, ao justificar a ordem de prisão preventiva.
Câmara já tinha sido preso em virtude da investigação sobre a tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022, mas obteve liberdade provisória.
Moraes, contudo, tinha estabelecido medidas cautelares, como proibição de uso de redes sociais (próprias ou por terceiros) e a proibição de comunicação com os demais investigados, inclusive por intermédio de outras pessoas.
Segundo o ministro, o fato de o advogado revelar que conversava com Cid para favorecer Câmara demonstra “completo desprezo” pela Suprema Corte e pelo Poder Judiciário, além de indicar a “continuidade de práticas ilícitas”.
Dessa forma, Moraes entendeu que o ex-assessor de Bolsonaro deve ficar preso novamente para não atrapalhar as investigações.
Fique por dentro das principais notícias do dia no Brasil e no mundo. Siga o canal do R7, o portal de notícias da Record, no WhatsApp
