Vídeos: veja como funcionava o 'drive-thru do crack' na Torre de TV
Segundo a investigação, o grupo criminoso é liderado por um artesão que mantém um box de fachada na feira
Brasília|Elijonas Maia, da RecordTV
A investigação de sete meses da 5ª DP (área central), da Polícia Civil do Distrito Federal, apontou que a esposa e a sobrinha do líder do esquema desbaratado na Operação Torre de Babel nesta sexta-feira (25) compravam drogas também no Entorno do DF para abastecer os pontos de apoio e venda: a Torre de TV e a Feira da Torre.
As duas responsáveis pela droga iam até fornecedores em Ceilândia e em Águas Lindas (GO), compravam e levavam de transporte de aplicativo até a Torre de TV. Elas faziam até cinco viagens por noite de ida e volta para abastecer o ponto. Lá, a droga era separada, guardada e vendida 24 horas por dia, sem dia de folga.
Com a chegada dos 'clientes', de carro, os vendedores, que eram pessoas em situação de rua contratadas para o esquema, passavam a droga escolhida para o comprador. Mas antes, na fila, os 'clientes' já adiantavam o pagamento. Tudo bem organizado, no esquema drive thru. De pagar e levar para casa. A polícia diz que carros de luxo também paravam para comprar crack, única droga vendida pelo grupo
O principal foco do grupo de traficantes eram turistas. Em época de grandes eventos em Brasília, eles se organizavam e chamavam reforços. Para manter tudo bem organizado e sem chamar atenção, eles tinham quatro olheiros, um em cada canto da Torre de TV, para observar caso chegasse polícia ou para checar se as pessoas em situação de rua estavam vendendo a droga de forma correta em vez de usá-la ou guardá-la. Em um caso, um vendedor foi agredido por um vigia porque fumou uma pedra de crack que seria vendida.