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Moraes vota para condenar 9 dos 10 réus do núcleo 3, mas decide absolver coronel

No voto, o ministro destacou que os envolvidos tiveram a intenção de propagar desinformação massiva sobre as urnas

Brasília|Giovana Cardoso, do R7, em Brasília

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • O ministro Alexandre de Moraes votou pela condenação de 9 dos 10 réus do núcleo 3 da trama golpista.
  • Os réus foram acusados de propagar desinformação massiva sobre as urnas, buscando gerar caos social.
  • Moraes absolveu o coronel Estevam Cals Theophilo por falta de provas e aplicou penas mais brandas para outros réus.
  • O julgamento revelou planos violentos do grupo, incluindo uma intenção de assassinar autoridades, como o presidente eleito e Moraes.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Moraes foi o primeiro a votar Rosinei Coutinho/STF

Durante o julgamento do núcleo 3 da trama golpista, o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes votou para condenar 9 dos 10 réus dos réus envolvidos. No voto, o ministro destacou que os envolvidos tiveram a intenção de propagar desinformação massiva sobre as urnas, com o intuito de gerar um “caos social”.

Moraes julgou parcialmente procedente a ação que condena os réus do núcleo 3. Na decisão, o ministro decidiu absolver o general da reserva Estevam Cals Theophilo por falta de provas e aplicar penas “mais brandas” aos réus Ronald Ferreira de Araújo Júnior e Márcio Nunes de Resende Júnior, que vão responder por incitação e associação criminosa.


Já os demais réus, vão responder pelos seguintes crimes:

  • Organização criminosa armada;
  • Tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito;
  • Golpe de Estado;
  • Dano qualificado contra patrimônio da União;
  • Deterioração de patrimônio tombado.

Na fala, o ministro reforçou que o grupo grou uma “desinformação massiva” sobre fraudes nas urnas para jogar a população contra a justiça eleitoral e gerar um “caos social”.


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“Então esse é o pano de fundo inicial e que foi uma das grandes armas dessa organização criminosa para tentar desestabilizar as eleições e deslegitimar a justiça eleitoral e consequentemente a própria democracia”, disse.

Moraes disse, ainda, que a tentativa do grupo causou um grande aumento da desinformação entre o primeiro e segundo turno das eleições de 2022, o que, segundo ele, era um “mecanismo dessa organização criminosa”.


Crimes

Conforme a denúncia da PGR (Procuradoria-Geral da República), os 10 réus são acusados de envolvimento nos crimes relacionados ao planejamento e à execução das ações. As infrações imputadas pela PGR são:

  • Organização criminosa armada;
  • Tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito;
  • Golpe de Estado;
  • Dano qualificado contra patrimônio da União;
  • Deterioração de patrimônio tombado.

Com relação a Ronald Ferreira de Araújo Júnior, a PGR entendeu que, diferentemente dos demais acusados, não foram reunidos elementos adicionais que comprovassem uma vinculação aprofundada dele com a organização criminosa.


Dessa forma, a PGR reclassificou a conduta de Ronald para incitação ao crime. Com isso, ele terá a oportunidade de buscar acordos com a Justiça que podem resultar em penas mais brandas ou outras condições favoráveis.

Apesar da PGR não ter citado a falta de envolvimento de Márcio Nunes de Resende Júnior na organização criminosa, Moraes entendeu que as condutas do coronel foram parecidas com as de Ronald.

O julgamento teve início no último dia 11 e contou com a manifestação do procurador-geral da República, Paulo Gonet. Além das manifestações das defesas dos réus.

Na ocasião, o procurador afirmou que as investigações deixam evidente que o grupo tinha a intenção de matar e atacar autoridades, incluindo o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro do STF Alexandre de Moraes.

“Foi reconhecida a cadeia dos fatos expostos na denúncia [...]. As investigações escancaram a declarada disposição homicida brutal da organização criminosa”, disse o PGR.

Quem foi condenado

O núcleo 3 é formado por nove militares de alta patente (incluindo os chamados “kids pretos”) e um agente da Polícia Federal. Segundo a PGR (Procuradoria-Geral da República), o grupo planejou as “ações mais severas e violentas” da organização criminosa, entre elas uma operação para assassinar autoridades, entre elas Lula e o próprio Moraes.

Saiba quem são os condenados:

  • Bernardo Romão Correa Netto, coronel do Exército;
  • Fabrício Moreira de Bastos, coronel do Exército;
  • Hélio Ferreira Lima, tenente-coronel do Exército;
  • Márcio Nunes de Resende Júnior, coronel do Exército;
  • Rafael Martins de Oliveira, tenente-coronel do Exército;
  • Rodrigo Bezerra de Azevedo, tenente-coronel do Exército;
  • Ronald Ferreira de Araújo Júnior, tenente-coronel do Exército;
  • Sérgio Ricardo Cavaliere de Medeiros, tenente-coronel do Exército; e
  • Wladimir Matos Soares, agente da Polícia Federal

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