Zambelli nega participação no vazamento de mensagens de assessores de Moraes
Deputada alegou que não tem vínculo com os supostos envolvidos no caso; ex-assessor do TSE prestou depoimento nesta quinta-feira
Brasília|Hellen Leite, do R7, em Brasília
A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) divulgou uma nota nesta quinta-feira (22) negando qualquer envolvimento no vazamento de informações do gabinete do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes. Zambelli foi incluída como suspeita no inquérito que investiga a divulgação de mensagens de assessores do ministro. “Reforço que não possuo nenhuma ligação com os envolvidos no caso e desconheço qualquer operação que tenha levado ao ocorrido”, afirmou a parlamentar.
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Zambelli é investigada em dez inquéritos, segundo ela, todos por “perseguição”. “Aqueles que tentam me vincular, de forma leviana, com esse caso, estão agindo com o único intuito de me prejudicar e me expor, cometendo divulgação de informações falsas sem qualquer fundamento”, disse. Além dela, a suposta participação da Polícia Civil de São Paulo no caso também está sendo investigada.
Mais cedo, o ex-chefe da AEED (Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação) do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) Eduardo Tagliaferro prestou depoimento à Polícia Federal e negou que tenha vazado as mensagens. Ele deixou o cargo no TSE em maio de 2023, após ter sido preso por violência doméstica.
De acordo com notícias veiculadas na imprensa, Moraes teria supostamente utilizado o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) fora dos ritos processuais para produzir relatórios que embasaram suas decisões no Inquérito das Fake News contra apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Após a divulgação do caso, o ministro afirmou que todos os procedimentos foram realizados de acordo com a legalidade.
“Nenhuma das matérias preocupa meu gabinete, não me preocupa. Não me preocupa. Todos os procedimentos foram realizados no âmbito de investigações já existentes. No curso desses inquéritos, várias vezes surgia que aqueles investigados estavam reiterando as condutas ilícitas: incitação a atentados, golpe de Estado, discursos de ódio, ameaças de morte. Sabemos que faltou nas eleições de 2018 a necessidade de preservação de conteúdo. Procedimento normal e investigativo”, disse o ministro.
Enquanto isso, no Congresso, parlamentares de oposição anunciaram que vão protocolar um pedido de impeachment contra o ministro.