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Teste: Fiat Bravo T-Jet seduz com motor turbo, mas cobra muito caro pela dose extra de diversão

Versão esportiva do hatch médio chega a quase R$ 100 mil equipada com todos os opcionais

Carros|Luiz Fernando Betti, do R7

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Lançado há cinco anos no Brasil, modelo recebeu leves retoques visuais na linha 2016
Lançado há cinco anos no Brasil, modelo recebeu leves retoques visuais na linha 2016

Uma coisa é inegável: a Fiat é a única montadora entre as quatro grandes do Brasil a oferecer versões esportivas de verdade — e não maquiagem — em seus carros abaixo de R$ 100 mil.

Pedaleiras e detalhes cromados trazem esportividade à cabine
Pedaleiras e detalhes cromados trazem esportividade à cabine

A divisão Abarth faz bonito no pequenino 500. O Punto T-Jet também não é nada mal. Mas nem todos gozam do mesmo prestígio. Vejam o exemplo do novo Bravo: após meia década de vendas fracas, ganhou retoques discretos na lataria e uma nova tela no painel na linha 2016.


Não por acaso, o hatch médio emplacou pouco até agora em 2015 — situação que tende a piorar com a chegada do novo Focus e do Golf nacional. É claro que isso não elimina suas qualidades, e uma delas é a versão turbo T-Jet, que avaliamos por uma semana.

Salgadinho


Por R$ 79.980, o Bravo traz ar digital, direção elétrica, piloto automático, assistente de partida em rampa, trio elétrico, sensor de obstáculo traseiro e controles de estabilidade e tração.

Moldura preta nas lanternas são novidade na linha 2016
Moldura preta nas lanternas são novidade na linha 2016

Com todos os opcionais (bancos em couro, faróis de xênon, sensor de obstáculo dianteiro, air bags laterais, de cortina e para o joelho do motorista, sensores de chuva e luz e central multimídia com GPS e câmera de ré), o preço vai a salgados R$ 96.714.


Sentado na cabine, o modelo oferece posição de guiar confortável. Os bancos têm bom apoio lateral e o volante em couro multifuncional, empunhadura firme. O acabamento é o ponto alto, mas a telinha da central multimídia deveria ser maior.

Maior também deveria ser o espaço interno, sobretudo no banco traseiro, onde há pouco espaço para pernas e cabeça de adultos com mais de 1,75 metro. No porta-malas cabem razoáveis 378 litros — nem é muito, nem é pouco.


Cão na coleira

Dinamicamente, o modelo foi melhor na estrada do que na cidade. Em trechos urbanos, o acerto da direção elétrica alinhada à suspensão macia deixaram o carro um tanto solto em curvas e valetas. Em contrapartida, o nível de conforto é ótimo.

O propulsor 1.4 turbo de 152 cavalos tem fôlego de sobra em altas rotações, mas deve em baixas (situação mais comum no trânsito). Ou seja, quando ele começa a desenvolver velocidade, o trânsito interrompe o fluxo. Como um cachorro rosnando na coleira, impossibilitado de atacar.

Com motor cheio e giro alto, é na estrada que o Bravo explora todo o seu potencial
Com motor cheio e giro alto, é na estrada que o Bravo explora todo o seu potencial

Já na estrada a história muda. A direção fica mais durinha e o motor trabalha a todo o vapor, bem explorado pela caixa manual de seis marchas que alivia o giro em velocidade de cruzeiro — a 120 km/h, o ponteiro marcava pouco mais de 3.000 giros.

Globais

Além das deficiências, o Bravo T-Jet tem nos rivais outra barreira. Pelo mesmo valor do esportivo, há opções mais jovens, modernas e eficientes no mercado, como as topo de linha dos rivais: Ford Focus 2.0 Powershift (R$ 87.900), Chevrolet Cruze LTZ 1.8 (R$ 89.750) e Volkswagen Golf Highline 1.4 TSI (R$ 89.900). Se quiser emplacar no segmento, a Fiat precisará mais do que comerciais com atores globais.

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