Acesso à internet avança no Brasil, mas desigualdade entre áreas urbanas e rurais persiste
Brasil tem quase 75 milhões de lares online; conexão chega a 84,8% nos domicílios rurais e a 94,7% nos urbanos, segundo IBGE
Cidades|Clarissa Lemgruber, do R7, em Brasília

Mais de 93% dos domicílios brasileiros tinham acesso à internet em 2024, segundo dados da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua, divulgada nesta quinta-feira (24) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
O número representa um crescimento de 1,1 ponto percentual em relação ao ano anterior e aponta para a aproximação da universalização do serviço no país. Ao todo, 74,9 milhões de lares tinham acesso à rede.
Leia mais
O crescimento foi mais expressivo em áreas rurais, onde o percentual subiu de 81% para 84,8%, contribuindo para reduzir a diferença em relação às áreas urbanas, que registraram 94,7% de domicílios conectados.
A região Nordeste continua com o menor índice de domicílios conectados (91,3%), enquanto a Centro-Oeste lidera, com 96%.
Entre as pessoas de 10 anos ou mais de idade, 89,1% utilizaram a internet nos três meses anteriores à entrevista — o equivalente a 168 milhões de pessoas.
Jovens no topo
Entre os grupos etários, o maior percentual de usuários está entre os jovens de 25 a 29 anos (96,4%). A menor proporção está entre pessoas com 60 anos ou mais (69,8%). Apesar disso, foi nessa faixa que houve o maior crescimento em relação a 2023 — 3,8 pontos percentuais.
A pesquisa mostra ainda que o uso da internet segue vinculado a fatores como renda e escolaridade. O rendimento médio domiciliar per capita nos lares com internet foi de R$ 2.106, valor 70% superior ao dos domicílios sem acesso (R$ 1.233).
Entre os que não usam internet, 32,6% disseram não saber como usar, 27,6% apontaram o alto custo e 26,7% afirmaram não ver necessidade.
Por nível de instrução, o uso da internet atinge 97,9% das pessoas com ensino superior incompleto e 97,2% das que completaram esse nível.
Entre pessoas sem instrução, o percentual é de 46%. A diferença também aparece na comparação por cor ou raça: 90% das pessoas declaradas brancas usaram a internet no período de referência, contra 88,6% das pessoas pardas e 88,4% das pretas.
Fique por dentro das principais notícias do dia no Brasil e no mundo. Siga o canal do R7, o portal de notícias da Record, no WhatsApp
