Jerônimo Rodrigues, governador da Bahia
Reprodução/Redes sociaisO governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), afirmou durante uma entrevista ao Balanço Geral que a operação policial que está sendo realizada em Salvador, s capital do estado, consiste em "atos preventivos".
Um grupo investigado por mais de 30 casos de homicídio e por tráfico de drogas no bairro de Águas Claras, na periferia de Salvador, é o alvo da Operação Saigon. A ação deixou seis mortos e registrou ao menos 15 prisões.
O estado vive uma onda de violência, com mortes de agentes da segurança pública e suspeitos de envolvimento com o crime organizado.
"Nós não vamos permitir qualquer vacilo. Que os comandos, as facções possam ocupar bairros e cidades. Nós estamos fazendo uma prevenção. Não vamos aguardar eles atacarem", disse Rodrigues.
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A Operação Saigon foi deflagrada pelo DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa). A ação mobilizou mais de 400 agentes das polícias Civil, Militar, Federal e Rodoviária Federal.
O governador também afirmou que já foram apreendidos 50 fuzis e que 130 viaturas de polícia foram alvejadas. "Nós temos que dar uma resposta firme e concreta."
“Nós não vamos aguardar eles atacarem para a gente ir numa situação de refém. Nós sempre determinamos a busca de pessoas que estão na ficha da polícia", afirmou.
O governador disse que se solidariza com a população afetada pela operação. Linhas de ônibus, por exemplo, foram paralisadas. “Mas é para a gente garantir o bem em Salvador e o bem da Bahia."
A violência na Bahia se intensificou nos últimos dois meses. No início de agosto, 25 pessoas morreram em uma semana após enfrentamentos com a polícia.
No dia 15 de setembro, um policial federal morreu e outros dois ficaram feridos em confronto com o crime organizado. Em seguida, uma operação que investigava os suspeitos pelo crime deixou mais nove mortos.
Um levantamento feito pelo FBSP (Fórum Brasileiro de Segurança Pública) revelou que a Bahia é o segundo estado do país com o maior número de mortes violentas intencionais. Em 2022, a unidade federativa registrou uma taxa de 47,1 assassinatos a cada 100 mil habitantes.