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Brasil enfrenta nesta semana quinta onda de calor em 6 meses

Massa de ar quente virá da Argentina e do Paraguai para o Sul, o Sudeste e o Centro-Oeste, com temperaturas acima dos padrões

Cidades|Do R7, com informações da Agência Estado

Cachorro se refresca no Vale do Anhangabaú, em SP
Cachorro se refresca no Vale do Anhangabaú, em SP

O Brasil enfrenta a partir desta quarta-feira (13) a quinta onda de calor em seis meses, segundo Maria Clara Sassaki, meteorologista do Climatempo. Uma massa de ar muito quente virá do norte da Argentina e do Paraguai para os estados do Sul, do Sudeste e do Centro-Oeste, provocando temperaturas acima ou "muito acima" dos padrões desta época do ano.

Os termômetros devem disparar e alcançar marcas próximas ou acima dos 40°C. No Centro-Oeste, onde o verão costuma ser chuvoso e os dias mais quentes do ano ocorrem no fim do inverno, as temperaturas de dezembro também devem surpreender, conforme a MetSul. O Climatempo ainda prevê precipitações na região nesta semana.

Principalmente em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, o clima deve ficar tão quente quanto no período de primavera, quando termômetros em torno dos 40°C são normais. A mínima e a máxima previstas pelo Climatempo para Cuiabá (MS) na sexta-feira (15) são de 24°C e 38°C.

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O interior do estado de São Paulo também sofrerá alteração no padrão meteorológico, segundo o MetSul. Geralmente, a região tem bastante chuva nesta época do ano, o que impede a temperatura de chegar a patamares muito altos, mas isso não deve acontecer em 2023.


Na sexta-feira, a previsão do Climatempo é de mínima de 23°C e máxima de 36°C em São José do Rio Preto, de 23°C e 35°C em Bauru e de 21°C e 35°C em Araraquara. Deve haver pancadas de chuva em todas essas cidades.

Na capital paulista, a temperatura será quente, mas mais baixa do que nos outros locais. A chuva também deve marcar presença.

Efeitos do El Niño

Um relatório divulgado pela OMM (Organização Mundial de Meteorologia) em novembro já mostrava que o El Niño, mais forte nesta temporada, deve chegar ao seu pico no fim deste ano e durar até abril de 2024.

O fenômeno, marcado pelo aquecimento das águas do oceano Pacífico, é um dos principais responsáveis pelos eventos extremos notados no Brasil em 2023, como as ondas de calor no Sudeste, a estiagem na Amazônia e os temporais no Sul.

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A expectativa dos climatologistas é que esses recordes de altas temperaturas e eventos climáticos atípicos, como ciclones e alagamentos, ocorram com ainda mais frequência e intensidade nos próximos meses.

O aquecimento global é um dos principais fatores. "Com certeza, o verão será muito quente, porque estamos com um El Niño de intensidade forte", diz Karina Bruno Lima, doutoranda em climatologia na UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul).

São esperadas secas ainda mais intensas no Norte e no Nordeste, assim como mais temporais no Sul. Além disso, a união entre o efeito do El Niño e o verão — estação que já é, por si só, quente — deve intensificar ainda mais as ondas de calor extremo.

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