Um estudo da Fiemg (Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais) mostrou que o Brasil perdeu R$ 792,7 bilhões com desastres naturais entre 1991 e 2023. O montante se refere a perdas causadas por danos materiais, que somam R$ 132 bilhões, além de prejuízos públicos e privados. A pesquisa também revela que quase a metade das ocorrências está relacionada ao fator climático, seguida por problemas no setor hidrológico (entenda a classificação abaixo).Apesar de representar um percentual menor, os desastres hidrológicos causam a maioria das mortes—oito em cada dez—além de 90% dos danos materiais. Quando consideramos os prejuízos totais, essa categoria representa 56,5% de todas as perdas registradas.Segundo o Cobrade (Classificação e Codificação Brasileira de Desastres), as definições para cada um dos grupos analisados são:Nos anos analisados, o país registrou 67.230 ocorrências e 5.142 mortes em decorrência dos desastres, com destaque para as ocorrências de chuvas na região serrana do Rio de Janeiro, em 2011, e em Pernambuco, Minas Gerais e no RJ, em 2023. Entre 2015 e 2023, houve um aumento de 142% na quantidade de registros no país.O levantamento não considerou as enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul neste ano. O evento é considerado o maior desastre na história da região.Quando fazemos o recorte dos desastres hidrológicos, o Brasil registrou 25.935 ocorrências entre 1991 e 2023, resultando em 4.286 mortos, 8,8 milhões de desabrigados e 665,6 mil feridos. Quando avaliamos o impacto total desses desastres, o número chega a 92,9 milhões de afetados.A pesquisa também revela que as ocorrências geraram danos materiais na ordem de R$ 120 bilhões, sendo R$ 26 bilhões em prejuízos públicos e R$ 94 bilhões na área privada. No total, as perdas chegam a R$ 270 bilhões.Ainda segundo os técnicos, o principal tipo de desastre hidrológico registrado no período foi a enxurrada, representando 3 em cada 10 ocorrências. Veja a relação completa: