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Candidato a prefeito faz ‘chuva de dinheiro’ em comício e é preso pela PF no Amazonas

Vídeos que circulam nas redes sociais mostram o candidato lançando cédulas de dinheiro para eleitores reunidos em praça de Coari

Cidades|Hellen Leite, do R7, em Brasília

Candidato à Prefeitura de Coari faz 'chuva de dinheiro' em comício Threads/@pavulo.oficial

A Polícia Federal prendeu em flagrante nesta quarta-feira (2) o candidato à Prefeitura de Coari, no Amazonas, Dr. Raione Cabral (Mobiliza), após ele fazer uma “chuva de dinheiro” para eleitores durante um comício. A prisão aconteceu em uma praça do município, como parte da Operação Eleições 2024, que busca coibir crimes eleitorais. O R7 entrou em contato com o candidato e aguarda resposta.

Vídeos que circulam nas redes sociais mostram o candidato lançando cédulas de dinheiro para eleitores posicionados ao redor de sua equipe de campanha. As imagens também registram o tumulto causado por pessoas que tentavam pegar as notas jogadas por Raione. Segundo a Polícia Federal, o ato pode ser classificado como compra de votos.

Publicação de @pavulo.oficial
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De acordo com a corporação, o candidato poderá responder por crimes de corrupção eleitoral e ‘caixa dois’, com penas que podem somar até nove anos de prisão, além de multas.

Nas redes sociais, Raione justificou sua ação afirmando que o dinheiro lançado seria oriundo de compra de votos por candidatos opositores, e que sua intenção era “devolver o dinheiro à população”.


Investigações da Polícia Federal

Desde o início da campanha eleitoral, em 16 de agosto, até 1º de outubro, a Polícia Federal abriu 2.161 inquéritos para investigar crimes eleitorais. Isso representa uma média de 50 inquéritos por dia envolvendo candidatos às prefeituras e câmaras municipais. O crime mais investigado tem a ver com declarações falsas nas prestações de contas eleitorais, popularmente conhecido como “caixa dois”. Nesse intervalo, foram abertos 629 inquéritos para apurar casos desse tipo.

O segundo crime mais investigado é a compra de votos, com 535 inquéritos. Em seguida, com 255 inquéritos, vem a corrupção, que envolve a apropriação de recursos destinados ao financiamento de campanhas.

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