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Chefe da máfia italiana preso em João Pessoa chega a Brasília

Preso em hotel de luxo, Rocco Morabito era um dos homens mais procurados da Europa e conhecido como o rei da cocaína em Milão

Cidades|Do R7, com informações da Record TV

O italiano acusado de fazer parte de uma das maiores organizações criminosas do mundo foi transferido para Brasília no fim da tarde desta terça-feira (25). Rocco Morabito era um dos homens mais procurados da Europa, conhecido como o rei da cocaína em Milão.

Morabito foi detido em um hotel de um bairro luxuoso de João Pessoa, na Paraíba, em uma operação internacional, com cooperação entre as polícias brasileira, norte-americana e italiana.

Um dos líderes da ´Ndrangheta, a violenta máfia da Calábria, no sul da Itália, o narcotraficante já havia sido preso em 2017 num hotel no Uruguai, depois de 23 anos foragido. Porém, dias antes de ser extraditado para a Itália, fugiu do presídio.

Ele foi condenado a mais de três décadas de prisão por tráfico de drogas, de armas e de pessoas. A Itália busca a extradição dele há quase 30 anos. Não por acaso que é considerado o segundo criminoso mais procurado do país.

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Rocco é suspeito de manter negócios com o crime organizado brasileiro desde a década de 1990. Segundo as investigações, ele tem uma forte ligação com o PCC. O mafioso é um dos principais parceiros dos traficantes brasileiros no envio de cocaína para a Europa. Antes da Paraíba, ele passou por São Paulo, Rio de Janeiro e Santa Catarina, sempre usando documentos falsos.

Vincenzo Pasquino, outro fugitivo italiano, foi preso com Rocco Morabito no hotel. Com apenas 31 anos, ele também fazia parte da lista dos 30 criminosos mais procurados da Itália. Recentemente, com medo de cumprir pena num presídio brasileiro em meio à pandemia, teria enviado uma carta ao tribunal de justiça italiano em que admite parte dos crimes para negociar um processo de extradição.

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Autoridades brasileiras não confirmam se essa negociação ajudou a polícia italiana na localização de Rocco na Paraíba. Apesar dos agentes admitirem que os dois ocupam postos importantes na máfia italiana, o advogado de Vicenzo diz que eles se conheceram só em João Pessoa.

A prisão foi parar na página principal do Ministério do Interior da Itália, pasta equivalente ao Ministério da Justiça aqui do Brasil. A ministra Luciana Lamorgese divulgou uma carta parabenizando os policiais. Escreveu que: "mais uma vez, a determinação, a dedicação e o profissionalismo de todos os investigadores envolvidos permitiram garantir a justiça, depois de dois anos de complexas e articuladas investigações".

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