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CNM: Exigência de máscara deve ser mantida em 1,2 mil municípios

Levantamento apontou que 63,9% das cidades ouvidas pretendem manter obrigatoriedade; só 2,4% querem acabar com exigência

Cidades|Da Agência Brasil

Tema ganhou força após declarações do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga
Tema ganhou força após declarações do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga Tema ganhou força após declarações do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga

Um levantamento da CNM (Confederação Nacional de Municípios), que consultou gestores de 1.960 municípios, aponta que 1.248 (63,9%) pretendem manter a obrigatoriedade do uso de máscara mesmo que a população esteja totalmente vacinada, enquanto 48 (2,4%) pretendem acabar com a exigência. Outras 645 (32,9%) prefeituras informaram que a questão ainda não foi decidida, e 19 gestores municipais não responderam.

A pesquisa foi realizada entre os dias 4 e 7 de outubro, e tratou das medidas de enfrentamento da pandemia de Covid-19 adotadas pelos municípios. A amostra pesquisada (1.960) representa mais de um terço (35,2%) do total de prefeituras do país (5.568). 

Segundo a CNM, em 1.935 cidades (98,7%) há campanhas informativas sobre a importância do uso de máscaras. Em 1.902 (97%) é obrigatório o uso em locais públicos, e em 1.922 (98,1%) não é permitido entrar em locais privados sem o equipamento de proteção individual.

O tema da obrigatoriedade do uso de máscara ganhou força recentemente após declarações do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, de que pretende, ainda que de forma gradual, desobrigar o uso de máscara pela população. Em viagem ao Piauí, nesta sexta-feira (8), Queiroga voltou a falar sobre o tema e criticou medidas obrigatórias de proteção individual.

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"Em relação à máscara, minha posição é clara: o cuidado é individual, o benefício é de todos. Ocorre que existem leis que querem obrigar as pessoas a usar máscara. Essas leis são absolutamente ineficazes. Temos é que fazer com que as pessoas se conscientizem", disse. O ministro comparou o uso de máscara contra a Covid-19 à recomendação de uso de preservativo em relações sexuais. 

"Então, por exemplo, preservativos diminuem as doenças sexualmente transmissíveis. Eu vou fazer uma lei para obrigar as pessoas a usarem preservativo? Imagine", acrescentou.

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Reabertura

A pesquisa da CNM mostra que 794 municípios (40,5%) mantêm restrições de circulação e funcionamento do comércio. Em mais da metade dos municípios consultados (1.121 ou 57,2%), esse tipo de medida já foi revogado.

Sobre o gerenciamento das ações de enfrentamento adotadas, em 1.529 localidades (78%) foi instituído algum comitê de crise ou centro de operações emergenciais. Mais de 800 prefeitos (55%) optaram por instalar gabinetes de crise; 460 (30,1%) estabeleceram grupo de trabalho; 347 (22,7%) criaram COE (Centro de Operações em Emergências em Saúde); e 230 (15%) montaram salas de operações para monitorar o avanço do vírus.

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De acordo com os números levantados pela Confederação Nacional dos Municípios, 310 gestores (15,8%) disseram haver casos da variante Delta em seu território, enquanto 1.576 (80,4%) não identificaram a presença da cepa mais transmissível do Sars-CoV-2.

Mortes e internações

Na pesquisa, 370 (18,9%) municípios pesquisados declararam que houve aumento do número de pessoas infectadas; 561 (28,6%) apontaram estabilidade; e 452 (23,1%) indicaram queda. Já 27,4% afirmaram que não houve novos casos da doença.

Seguindo a tendência das últimas semanas, em 1.468 (74,9%) municípios não houve registro de óbitos em decorrência da Covid-19. Apenas 96 (4,9%) localidades apontaram alta de mortes, enquanto 216 (11%) tiveram estabilidade nesta semana.

Ao todo, 254 (13%) municípios relataram diminuição no número de internações de pacientes por Covid-19; 318 (16,2%) apontaram estabilidade; e 164 (8,4%) reportaram alta de internações. Na maioria dos municípios pesquisados (1.174, ou 59,9%), no entanto, não houve internações nesta semana.

Vacinas

A obrigatoriedade da vacinação, ou o chamado passaporte da vacina, foi novamente uma das questões do levantamento da CNM, que perguntou aos gestores se eles editaram algum decreto sobre o assunto. Em 9,9%, ou 194 administrações municipais, foram editados normativos para obrigar a vacinação.

De acordo com a pesquisa, a dose de reforço em idosos já começou a ser aplicada por mais de 90% dos entrevistados, ou seja, 1.759 municípios. Em 9,5% deles (185 localidades), essa fase da vacinação ainda não foi iniciada.

Faixa etária

Nesta semana, a faixa etária predominante de vacinação em 88,2% dos municípios é a de adolescentes entre 12 e 17 anos sem comorbidades. Outros 14,2% vacinam adolescentes entre 12 e 17 anos com comorbidades. Em menor número, 6,2% dos municípios vacinam a população de 18 a 24 anos. Apenas dois municípios afirmaram estar vacinando a população acima de 25 anos.

A pesquisa revelou ainda que 43% dos municípios já vacinaram mais de 90% da população com ao menos uma dose e outros 45% vacinaram um contingente entre 70% e 90% das pessoas.

Com relação à segunda dose, apenas 1% atingiu a marca de 90% da população com vacinação completa; 17% vacinaram entre 70% e 90%; e 45% concluíram o ciclo vacinal em 50% a 70% do público-alvo.

A falta de vacina foi registrada por 410 municípios, ou 21,3%, que disseram ter enfrentado esse problema. Já para 71,6% dos municípios consultados, a vacinação continuou normalmente. Entre os que relataram falta de imunizantes, a primeira dose foi afetada em 48,4% dos municípios; em 49,9% não houve falta do imunizante para a aplicação.

A falta de imunizantes para a segunda dose foi relatada por 66,4% dos gestores municipais. Para 32,9%, não houve falta de vacina para a segunda dose.

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