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Corpo de petista morto em festa de aniversário é enterrado no Paraná

Enterro ocorreu sob comoção em Foz do Iguaçu. Em sua festa de aniversário com tema do PT, guarda foi morto por policial penal apoiador do presidente Jair Bolsonaro

Cidades|Do R7, com informações da Agência Estado

Guarda municipal Marcelo Aloizio de Arruda, de 50 anos
Guarda municipal Marcelo Aloizio de Arruda, de 50 anos

Foi enterrado na tarde desta segunda-feira (11) o corpo do militante do PT (Partido dos Trabalhadores) e guarda municipal Marcelo Aloizio de Arruda, morto no domingo (10) em Foz do Iguaçu. Ele foi baleado durante seu aniversário pelo policial penal federal Jorge José da Rocha Guaranho, apoiador do presidente Jair Bolsonaro.

O enterro ocorreu sob forte comoção, segundo o site Ric Mais. Pouco antes, mais de 200 pessoas acompanharam o cortejo em homenagem ao agente pelas principais avenidas da cidade paranaense. Familiares e amigos bateram palmas durante o enterro.

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Antes de morrer, Arruda conseguiu reagir à ação de Jorge Guaranho e disparou contra ele. Guaranho foi internado em estado grave, segundo a Secretaria de Segurança Pública do Paraná. A Polícia Civil do Paraná investiga se o crime foi motivado por divergências políticas.

Até a manhã desta segunda, Guaranho estava na enfermaria, aguardando vaga na UTI do hospital. Ele está sob custódia policial. De acordo com o boletim médico, ele sofreu traumatismo craniano. Além dos ferimentos causados por três disparos de arma de fogo, Guaranho foi atingido por chutes na cabeça dados por pelo menos duas pessoas, conforme imagens de câmeras de segurança.


Nesta segunda-feira, Guaranho teve a prisão preventiva decretada. A defesa do agente penal entrou com pedido para que a prisão seja revertida para domiciliar, caso Jorge se recupere dos ferimentos.

Na noite de sábado (9), a festa de aniversário de Arruda, na sede da Associação Esportiva Saúde Física Itaipu, estava decorada com símbolos do PT. De acordo com o boletim de ocorrência, Guaranho, que era desconhecido dos convidados, havia interrompido a comemoração e ameaçado os presentes com uma arma na mão momentos antes do crime, por volta de 23h20.


Guaranho teria chegado ao local em um carro branco, acompanhado de uma mulher com uma criança no colo. Ao descer do veículo, ele se dirigiu aos presentes dizendo aos gritos: "Aqui é Bolsonaro", conforme relato descrito na ocorrência.

Guaranho deixou o local e, 20 minutos depois, retornou sozinho. Foi recebido por Arruda e pela esposa, a policial civil Pamela Suellen Silva. Ambos se identificaram como agentes da segurança pública. O guarda municipal sacou a arma ao mostrar o distintivo. Nesse momento, conforme o registro policial, Guaranho efetuou os dois primeiros disparos, acertando a vítima. Imagens de uma câmera de segurança mostram quando Arruda, mesmo ferido e já caído, dispara contra o agente penitenciário.

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