Crimes em GO: "Se eu soubesse, teria arriscado mais", diz caminhoneiro que perseguiu suspeito

Dois homens estão presos suspeitos de envolvimento na morte de mulheres em Goiânia. Um deles, identificado na última sexta-feira (8), foi denunciado por um caminhoneiro que viu o assassinato da adolescente Ana Lídia de Souza, de 14 anos, no dia 2 de agosto. A testemunha, que não quis se identificar, tentou seguir o motoqueiro que atirou na vítima em uma parada de ônibus.

— Eu liguei para a polícia assim que eu decidi segui-lo. Foi muito rápido, eu decidi e segui. E eu confesso para você que, se eu soubesse que era uma situação dessa, talvez eu teria arriscado um pouco mais para pegar ele.

O homem voltava de um velório. Dentro do caminhão, estavam a filha de quatro anos e uma cunhada. Ao passar pelo local do crime, ele ouviu tiros e os gritos da vítima. Durante a perseguição, ele temeu pela segurança da família e deu meia volta em direção à jovem.

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Com as informações do caminhoneiro, a polícia prendeu um lavador de carros, de 27 anos, em São Luiz de Montes Belos, cidade a 130 km de Goiânia. Ele é suspeito de roubar uma padaria perto do local onde duas das 15 vítimas foram mortas, entre elas, Ana Lídia.

Crimes

Os crimes começaram no dia 18 de janeiro, quando a adolescente Bárbara Luiza Ribeiro Costa, de 14 anos, foi morta. Depois disso, outras 14 mulheres foram assassinadas em circunstâncias parecidas. Um homem chega de moto e aborda a vítima. Em seguida, o criminoso atira e foge sem levar nada. A polícia investiga mais dois casos: uma tentativa de homicídio contra uma mulher e a morte de um homem.

A polícia montou uma força-tarefa composta por sete delegados, 30 agentes de polícia e dez escrivães designados para esclarecer os casos. Os investigadores não descartam nenhuma hipótese, segundo a assessoria de imprensa da corporação, e uma das linhas de apuração considera a possibilidade de um assassino em série. 

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No entanto, indícios apontam para mais de um criminoso, segundo a polícia. As motocicletas usadas nos crimes são de marcas e cilindradas diferentes. As descrições físicas dos suspeitos não batem. E, além disso, algumas mortes apontam para crimes passionais, enquanto outras podem ter envolvimento com o tráfico de drogas.

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