O comerciante, de 33 anos, acusado de matar um assaltante durante tentativa de roubo em sua lanchonete no Bairro Monte Castelo, no dia 17 de dezembro, foi indiciado por homicídio e, por enquanto, responde o crime em liberdade. Ele se apresentou na última segunda-feira (21), na 2ª Delegacia de Polícia que fica na região e alegou legítima defesa.
A Polícia Civil tem 30 dias para concluir o inquérito, de acordo com o delegado Enilton Zalla, responsável pelas investigações. O comerciante se apresentou junto com dois advogados e, em depoimento, contou que dois assaltantes chegaram de moto com o intuito de roubar uma corrente e pulseira de ouro que ele estava usando.
Na versão do comerciante, um dos assaltantes estava com duas armas e quando se aproximou, ele conseguiu tomar uma delas, se esconder atrás de sua caminhonete, e atirar antes que o bandido disparasse com o outro revólver.
O segundo ladrão teria fugido de moto atirando. O comerciante disse que não permaneceu no local do crime logo em seguida para o flagrante porque precisou socorrer sua esposa que ficou em choque com a situação.
O delegado informou que ainda aguarda laudos da perícia e deve ouvir mais testemunhas. O empresário foi indiciado pelo crime de homicídio, mas também é considerado vítima de tentativa de roubo.
O Crime – A tentativa de assalto que acabou na morte de Jean Carlos Dutra de Oliveira, de 36 anos, ocorreu na madrugada desta quinta-feira (17), quando ele tentava assaltar o dono da lanchonete no Bairro Monte Castelo.
Uma equipe da GCM (Guarda Civil Municipal) voltava para a base e passou pelo local. Ao notar a aglomeração de pessoas, os guardas pararam e viram o homem caído ao chão, perto do pneu de uma caminhonete.
Próximo a mão de Jean havia um revólver. Testemunhas relataram que os proprietários da lanchonete deixaram o local.
Entretanto, advogado foi até a lanchonete e indicou que apresentaria o dono da lanchonete na delegacia.
Na quarta-feira (16), o comerciante tinha sido vítima de furto. Ele procurou uma delegacia, horas antes do homicídio, para registrar que o dinheiro do pagamento dos funcionários que estava com ele na camionete, cerca de R$ 7 mil, foi furtado de dentro do veículo, quando ele estacionou no supermercado.
O suposto assaltante morto, Jean Carlos, tinha ferimentos por disparo de arma de fogo no braço, cabeça e tórax. Ele possuía passagens por porte ilegal de arma de fogo e furto.
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