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No ciclo da violência doméstica, mulheres sonhadoras lutam até a morte por crer em mudança

“Minha filha era uma sonhadora, sonhava com a família perfeita ao lado do marido e dos filhos”, é o que diz em entrevista ao Cidade Alerta Nacional, a mãe Laís de Jesus Cruz, de 29 anos,  morta pelo marido e enterrada em uma fossa  no quintal de casa, em Sonora. O corpo foi encontrado na […] O post No ciclo da violência doméstica, mulheres sonhadoras lutam até a morte por crer em mudança apareceu primeiro em Diário Digital.

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“Minha filha era uma sonhadora, sonhava com a família perfeita ao lado do marido e dos filhos”, é o que diz em entrevista ao Cidade Alerta Nacional, a mãe Laís de Jesus Cruz, de 29 anos, morta pelo marido e enterrada em uma fossa no quintal de casa, em Sonora. O corpo foi encontrado na quarta-feira (4) e, um dia depois, a Polícia Civil de Mato Grosso do Sul localiza outra vítima de feminicídio, assassinada pelo companheiro, em Chapadão do Sul.

Além de serem mulheres vítimas da violência doméstica, assassinadas pelos parceiros, Laís e Elisiane da Silva Alves, de 40 anos, tinham em comum o desejo de serem amadas.Eles acreditavam que seus companheiros iriam mudar de comportamento. Uma delas, era mãe de dois filhos, a outra, segundo amigas, podia estar grávida.

“Ele (Pabilo) manipulava muito ela, a ponto de fazê-la voltar. Minha filha achava que tudo seria diferente e tudo iria se renovar. Ela me perguntava: Mãe, você me entende?”, descreve Helena Dias Jesus da Cruz sobre o relacionamento da filha Laís com Pabilo dos Santos Trindade, de 35 anos.

Ele foi preso na quarta-feira (4) depois de confessar que havia enterrado a esposa no quintal. O casal tinha um relacionamento conturbado. Inclusive, Pabilo já havia sido denunciado por violência doméstica.

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A perícia apontou que a jovem foi assassinada com pancadas na cabeça e asfixiada com um golpe “mata-leão”. Para despistar os familiares e a investigação, Pabilo usou o celular da vítima para postar mensagens de despedida nas redes sociais dela, foi a casa dos sogros chorar e dizer que a mulher havia deixado ele e o filho de 2 anos. Laís ainda tinha uma filha de 9 anos de um relacionamento anterior.

Pabilo alega que a esposa cometeu suicídio. Já José Edílson Ramo da Silva, preso nesta quinta-feira (5), em Chapadão do Sul, pelo feminicídio de Elisiane e ocultação de cadáver, diz que ela foi morta por outra pessoa e ele “apenas enterrou o corpo”.

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José Edílson e Elisiane estavam juntos há quatro meses. Natural de Alagoas, a mulher não tinha parentes em Mato Grosso do Sul e a polícia não tem informações sobre filhos, apesar da suspeita de que ela estaria grávida do assassino.

Foi à vizinha de Elisiane quem denunciou o desaparecimento a polícia, na tarde da terça-feira (3). Porém, a vítima já estava morta. Tudo indica que o crime ocorreu no domingo, 1º de agosto.

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José Edílson procurou a irmã no dia 4 de agosto e transtornado disse a ela que havia feito algo errado, mas que não iria se entregar. Ao perceber que as investigações o apontavam como suspeito, passou a ameaçar a irmã que acionou a Polícia Militar.

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Ele também mudava as versões em depoimento e tentou fugir da abordagem da polícia pouco antes de ser preso, até confessar onde estava o corpo da esposa. Enterrado próximo a uma plantação em uma fazenda de Chapadão do Sul.

Outro ponto que chamou atenção da polícia, foi o fato do carro do acusado, um Vectra prata, ter sido visto sujo, o que não era comum e com o carter (parte baixa do motor) amassado, indicando que esteve em área rural.

José Edílson possui várias passagens por violência doméstica, contra outras ex-companheiras.

Laís e Elisiane entraram para a estatística de vítimas de feminicídios no estado. De janeiro a julho, segundo dados da Polícia Civil, 19 mulheres perderam a vida e foram registrados 42 feminicídios tentados, em Mato Grosso do Sul.

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