Sem uma resposta da justiça, A Pantanal Cap ou Fena Consultoria e Assessoria Empresarial Ltda, de propriedade da família Name, alvo da Operação Omertà, continua lacrada e com as atividades suspensas. Ainda no plantão judiciário de ontem (2) a noite, os advogados da empresa de capitalização de títulos tentaram mandado de segurança criminal para reabrirem a empresa, mas pedido foi negado e redistribuído a outra Seção Criminal.
O consultor de gestão da Pantanal Cap, Guto Dobes, afirmou que a empresa está tomando todas as providencias possíveis para voltar a operar “o mais rápido possível” e pediu aos clientes um prazo de dez dias. “Ainda não sabemos se vamos ter que adiar o sorteio e se a medida necessária será devolução do dinheiro. Por isso, estamos pedindo este prazo”.
Apesar do momento conturbado de incerteza, em que as vendas foram suspensas e mais de 3 mil vendedores foram retirados das ruas, a empresa garante que os clientes não vão ficar no prejuízo. “Nós não lidamos diretamente com os vendedores. Na verdade, tratamos com 25 distribuidores que compram os títulos e repassam a esses trabalhadores que não têm vínculo algum com a Pantanal Cap”, explica Dobes.
Sobre a decisão da justiça referente ao Pantanal Cap e envolvimento com jogo do bicho, os advogados afirmam no pedido de liminar para que as atividades sejam retomadas e o lacre seja removido que não há qualquer ligação entre tais empresas e a Pantanal Cap. “A decisão ultrapassa os limites da legalidade”, pontuam.
Sexta fase - A Pantanal Cap, foi fechada e lacrada na tarde desta quarta-feira (2), pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (GAECO) e a Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Banco, Assaltos e Sequestros (Garras), após cumprimento de mandado de busca e apreensão durante a sexta fase da Operação Omertà, denominada “Arca de Noé”. A justiça ainda determinou a suspensão das atividades da empresa e o bloqueio de R$ 18 milhões de suas contas.
Foram 9 horas de buscas, até os agentes do GAECO deixarem a empresa levando malotes com documentos, computadores e arquivos apreendidos. Conforme divulgado pelo MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), “as infrações penais apuradas nesta fase referem-se à organização criminosa, exploração de jogo do bicho e lavagem de dinheiro”.
Foram cumpridos mandados de prisão preventiva contra Cláudio Rosa de Moraes; Augustinho Barbosa Gomes; Darlene Luiza Borges; José Ney Martins, Cícero Balbino; Leonir Pereira de Souza; Raimundo Nery de Oliveira; Patrícia Pereira Lyra; Tatiana Freitas; Marcilene de Lima Ferreira; Renato de Lima Fontalva e Ricardo Alexandre Cáceres Gonçalves.
Além de 17 mandados de busca e apreensão direcionados aos integrantes da organização criminosa relacionada a execuções em Mato Grosso do Sul e dedicada à operacionalização do jogo do bicho na Capital e em cidades do interior, de acordo com nota divulgada pelo MPMS.
Também foram cumpridos mandados na casa do deputado Jamilson Name, filho de Jamil Name, preso na primeira fase da Omertà.
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