Uso do pó de rocha na agricultura pode ser alternativa para crise de fertilizantes
Uma alternativa para a crise no fornecimento de fertilizantes para a agricultura brasileira, agravado com a guerra entre Ucrânia e Rússia, está na exploração do pó de rocha. A ideia é amplamente defendida pelo secretário Jaime Verruck, da Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar). Segundo ele, a remineralização dos solos […] O post Uso do pó de rocha na agricultura pode ser alternativa para crise de fertilizantes apareceu primeiro em Diário Digital.
Diário Digital|Do R7
Uma alternativa para a crise no fornecimento de fertilizantes para a agricultura brasileira, agravado com a guerra entre Ucrânia e Rússia, está na exploração do pó de rocha. A ideia é amplamente defendida pelo secretário Jaime Verruck, da Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar).
Segundo ele, a remineralização dos solos com o calcário é uma alternativa ao uso de fertilizantes químicos. O produto tem um custo barato e genuinamente nacional. Os estados do Centro-Oeste são os que mais estão usando esse produto hoje, e Mato Grosso do Sul com atração de pelo menos três mineradoras neste segmento é destaque.
O secretário explica que os fertilizantes, conhecidos como formulações de NPK (Nitrogênio, Fósforo e Potássio) são, em sua maior parte, importados (com custos elevados) e são controlados por poucos países produtores (EUA, Rússia, Ucrânia, Canadá, China e Alemanha).
“Estamos vendo a dificuldade de importar estes fertilizantes, devido a embargos aos países que estão em guerra (Ucrânia / Rússia) e, principalmente, o alto custo de importação. Para não sofrer com a dependência desse tipo de insumo altamente solúvel (NPK), o uso de remineralizadores (conforme princípios da tecnologia da rochagem), passa a configurar se como uma alternativa viável (ou nova rota tecnológica), que auxiliará na redução de usos de produtos químicos, na dependência externa e na remineralização dos solos, por meio da adição de multinutrientes (derivados das rochas), o que facilitará a recuperação e renovação do solo”, ressaltou JaimeVerruck.
De acordo com o secretário da Cadeia Produtiva da Mineração da Semagro, Eduardo Pereira, em Mato Grosso do Sul já existem mineradoras em atividade que conquistaram o registro do MAPA.
Trata-se da Mineração Esteio, no município de Itaporã, e a Mineração Campo Grande, no município de Terenos. A Mineração São Francisco, localizada no município de Inocência também já está em processo de obtenção do registro para comercializar remineralizadores. Estes dados mostram que o Mato Grosso do Sul tem se destacado neste novo ambiente de negócio, potencializando a economia e a sustentabilidade do setor agrícola na região.
Pereira lembra que a rochagem é uma tecnologia que prevê o acréscimo de rochas moídas ao solo. As rochas devem ser ricas em macro e micronutrientes, melhorando a fertilidade do solo, em especial, solos tropicais, agindo de forma a reverter os processos de erosão e degradação causados por atividades antrópicas ou mesmo por processos naturais causados pelo intemperismo.
(Fonte: Assessoria de imprensa da Semagro)
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