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Direção suspende banhos de sol e visitas em meio à investigação de fuga no presídio de Mossoró

Portaria também limita acesso às dependências da unidade prisional e outras atividades dos presos

Cidades|Rafaela Soares e Gabriela Coelho, do R7, em Brasília

Dois detentos fugiram da unidade nessa quarta
Dois detentos fugiram da unidade nessa quarta Dois detentos fugiram da unidade nessa quarta (Divulgação/Secretaria Nacional de Políticas Penais)

A direção do Sistema Penitenciário Federal suspendeu as visitas sociais e os banhos de sol dos presos no presídio federal de Mossoró (RN). A portaria foi publicada nessa quarta (14), mesmo dia que a unidade registrou a fuga de dois detentos. O texto limita o acesso às dependências prisionais, incluindo as áreas de inclusão. Nesta quinta (15), o Ministério da Justiça e Segurança Pública nomeou o atual coordenador-geral de Classificação e Movimentação de Presos, Carlos Luis Vieira Pires, como o interventor na unidade de segurança máxima. 

Como justificava para a ação, o governo cita "a necessidade de esclarecimento dos fatos" que resultaram na fuga e adoação de procedimentos internos. Na prática, a unidade passa a funcionar no "nível 2" de segurança.

A decisão foi tomada em meio à crise na segurança e gestão da unidade prisional. A fuga marca o primeiro registro desse tipo na história de uma carceragem federal. Os homens foram identificados como Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral Nascimento.

O ministério acionou a Polícia Federal, que enviou peritos à penitenciária, abriu investigação e atua na recaptura dos homens. A ação de procura aos fugitivos é integrada por mais de 100 agentes federais. As Ficco (Forças Integradas de Combate ao Crime Organizado) e a PRF (Polícia Rodoviária Federal), com monitoramento de rodoviais federais, também participam da operação.

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A secretaria investiga a hipótese de uma obra na prisão de segurança máxima ter facilitado a fuga dos dois, como interlocutores informaram à reportagem. Segundo as fontes, havia ferramentas disponíveis nos fundos do presídio.

Outra suspeita tem a ver com a cooptação de servidores na ação dos criminosos. Os dois detentos estavam sob RDD (regime disciplinar diferenciado), com regras mais rígidas do que as do regime fechado.

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Entenda

Os fugitivos são membros da facção criminosa Comando Vermelho do Acre e estavam presos em Mossoró desde a participação em uma rebelião no estado de origem, em julho de 2023. Esta é a primeira vez na história que uma carceragem federal registra fuga.

A fuga ocorreu entre 3h e 4h da manhã, e logo nas primeiras horas do dia as polícias do Rio Grande do Norte e do Distrito Federal foram acionadas para uma megaoperação de recaptura. Um avião da Polícia Federal saiu de Brasília com integrantes do alto escalão do Ministério da Justiça e Segurança Pública para compor um gabinete de crise, já instalado em Mossoró.

Segundo fontes do sistema penitenciário, eles não são líderes com alto poder aquisitivo e são criminosos do front, que têm, nas palavras dos interlocutores, "muita disposição" física e de estratégia. Por conta dessas características, o foco da força-tarefa é prendê-los nas primeiras 72 horas da fuga.

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