Entenda como funciona técnica para identificação de metanol em bebidas desenvolvida por universidade
Método foi elaborado pela Unesp em 2022 e é baseado em três reações químicas
Cidades|Do R7
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Uma técnica desenvolvida em 2022 por pesquisadores da Unesp (Universidade Estadual Paulista) consegue identificar a presença de metanol em bebidas alcoólicas em um prazo de 30 minutos.
O método é baseado em três reações químicas e analisa a coloração do líquido, o que torna a identificação mais fácil. Cada amostra custa menos de R$ 10,00 e auxilia no controle de qualidade sem a necessidade de auxílio de laboratórios especializados.
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Larissa Modesto, mestre em química pela Unesp, explica que o teste é feito através da oxidação da amostra alcoólica, seguida do clareamento e da colorimetria da solução. “O procedimento todo dura cerca de 30 minutos porque a primeira etapa é uma oxidação da amostra que contém os dois álcoois. A segunda etapa é uma solução que vai clarear esse produto da oxidação e a terceira etapa é um reagente de cor que consegue ser seletivo para colorir apenas o produto de oxidação vindo do metanol, não do etanol.”
Caso a solução contenha metanol, o líquido adquire a cor roxa, que fica mais intensa em soluções com maior presença do composto químico.
O método é validado pela Anvisa pelas diretrizes de aprovação para ensaio limite, teste realizado para identificar se a presença do produto está dentro ou não do permitido. No caso das bebidas, o limite é de 20 mg a cada 100 ml — considerado baixo — e qualquer teste que adquira a coloração roxa indica que o líquido é impróprio para consumo.
Nenhum instrumento de laboratório é necessário para a realização do procedimento.
A patente do método pertence majoritariamente à Unesp e o teste ainda não foi produzido em larga escala. Segundo Larissa, há o interesse por parte de órgãos do governo e do setor privado no uso do método para fiscalização e controle de qualidade.
A alta de casos de intoxicação por metanol
Neste sábado (4), o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, disse que 127 casos de suspeita de intoxicação por metanol foram notificados no Brasil. Até o momento, 11 dos 127 casos foram confirmados por exames.
Há 12 óbitos relacionados à possível intoxicação, sendo um confirmado no estado de São Paulo, que tem a grande maioria dos registros.
No momento, 12 estados já notificaram o Ministério da Saúde sobre a existência de ao menos um caso suspeito de intoxicação pelo composto.
Perguntas e Respostas
Qual é a técnica desenvolvida pela Unesp para identificar metanol em bebidas?
A técnica, desenvolvida em 2022 por pesquisadores da Unesp, identifica a presença de metanol em bebidas alcoólicas em um prazo de 30 minutos. Ela é baseada em três reações químicas e analisa a coloração do líquido, facilitando a identificação.
Qual é o custo e a necessidade de laboratórios para realizar o teste?
Cada amostra custa menos de R$ 10,00 e o método permite o controle de qualidade sem a necessidade de auxílio de laboratórios especializados.
Como é realizado o teste para detectar metanol?
Larissa Modesto, mestre em química pela Unesp, explica que o teste envolve a oxidação da amostra alcoólica, seguida do clareamento e da colorimetria da solução. O procedimento completo dura cerca de 30 minutos e utiliza um reagente que colore apenas o produto de oxidação proveniente do metanol.
Qual é a indicação visual de que a bebida contém metanol?
Se a solução contiver metanol, o líquido adquire uma coloração roxa, que se intensifica em soluções com maior presença do composto químico.
O método é aprovado por alguma entidade reguladora?
Sim, o método é validado pela Anvisa, seguindo diretrizes de aprovação para ensaio limite, que identifica se a presença do produto está dentro dos limites permitidos. Para bebidas, o limite é de 20 mg a cada 100 ml.
Qual é a situação atual em relação aos casos de intoxicação por metanol no Brasil?
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, informou que o Brasil já registrou 127 casos de suspeita de intoxicação por metanol, dos quais 11 foram confirmados por exames. Além disso, há 12 óbitos relacionados a possíveis intoxicações.
Qual é a situação da patente do método desenvolvido pela Unesp?
A patente do método pertence majoritariamente à Unesp e o teste ainda não foi produzido em larga escala. Há interesse por parte de órgãos do governo e do setor privado em utilizá-lo para fiscalização e controle de qualidade.
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