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Filhos de Cravinhos e Matsunaga não são os únicos a tentar apagar vínculo com passado; veja

Mudança de nome e exclusão de paternidade viram caminhos legais para afastamento de histórias marcadas por violência

Cidades|Do R7 e Do R7, em Brasília

Filho de Cristian Cravinhos pediu à Justiça a retirada de vínculo com o pai, assassino do casal Richthofen Vidal Cavalcante/Estadão Conteúdo – 23.01.2006

O nome civil e a filiação podem ser revistos para proteger a identidade dos descendentes quanto para reconstruir trajetórias individuais desvinculadas de crimes antigos. Foi o que aconteceu em fevereiro com o filho de Cristian Cravinhos, condenado pelo assassinato dos pais de Suzane von Richthofen em 2002.

Ele buscou na Justiça o direito de romper oficialmente com o passado. A Terceira Turma do STJ (Superior Tribunal de Justiça) manteve, por unanimidade, a decisão da Justiça do Paraná que anulou a paternidade de Cravinhos, a pedido do jovem. Ele também quer retirar qualquer menção ao pai nos documentos pessoais.

A ministra Nancy Andrighi, relatora do caso, destacou o bullying sofrido pelo jovem e lembrou que ele trocou de escola diversas vezes desde o crime. Para o STJ, a ausência de vínculo afetivo e o abandono justificam o rompimento formal do laço parental.

A exclusão do nome do pai da certidão de nascimento pode ser determinada judicialmente quando há provas de abandono, falta de apoio emocional ou prejuízos à dignidade do filho. Já a mudança de nome é permitida no cartório a partir dos 18 anos, com base na nova Lei de Registros Públicos, sem necessidade de justificativa.


Mais casos

O jornalista Ulisses Campbell, titular da coluna True Crime, lembrou de outros nomes envolvidos em crimes de grande repercussão e que também recorreram à mudança de sobrenome.

O próprio Daniel Cravinhos, irmão de Cristian e também condenado pelo mesmo assassinato, alterou os documentos duas vezes — adotando primeiro o sobrenome da ex-esposa e, depois, da atual companheira.


Suzane von Richthofen trocou oficialmente de nome após iniciar uma união estável com o médico Felipe Zecchini Muniz, com quem teve um filho. No novo registro, passou a se chamar Suzane Louise Magnani Muniz, unindo o sobrenome da avó materna ao do companheiro.

No caso de Elize Matsunaga, condenada pela morte de Marcos Matsunaga, os avós paternos da filha dela obtiveram a guarda da menina. Mãe e filha não têm qualquer contato desde 2012. A garota, à época do crime, tinha 1 ano e 7 meses.


Hoje, ela tem 13 anos. Os avós paternos entraram na Justiça com um processo de destituição de poder familiar. Isso significa que o nome de Elize pode desaparecer da certidão de nascimento da filha. Assim, ela pode nunca mais ter contato com a menina.

Já Anna Carolina Jatobá, condenada pela morte da enteada Isabella Nardoni, voltou a usar o sobrenome de solteira após deixar a prisão. Os filhos do casal também retiraram o sobrenome do pai, Alexandre Nardoni. A mãe ingressou com pedido de cidadania italiana para eles.

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