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Taxistas fazem protesto contra liberação do Uber em Sorocaba

Taxistas fazem protesto contra liberação do Uber em Sorocaba

Folha Vitória

Folha Vitória|Do R7

SOROCABA - Cerca de 100 taxistas fizeram uma carreata em protesto contra a liberação do Uber, nesta quinta-feira, 13, em Sorocaba, no interior de São Paulo. O serviço de carona paga começou a funcionar na última terça-feira, 11, na cidade, depois que o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) derrubou uma lei aprovada pela Câmara proibindo a entrada do aplicativo no município. Com 630 mil habitantes, Sorocaba tem 330 táxis credenciados.

Os taxistas se reuniram no centro e foram em carreata até a Câmara de Vereadores, no bairro Alto da Boa Vista. Durante o trajeto, houve um "buzinaço" e o bloqueio de vias públicas. Eles querem que o Uber pague imposto sobre serviços e seja submetido à mesma fiscalização aplicada ao serviço de táxi.

"Se não for assim, fica desigual", disse o taxista Elias Bento.

A Urbes, empresa municipal de trânsito, informou que o serviço de Uber vai seguir a regulamentação já existente e adotada em outras 26 cidades brasileiras em que o aplicativo opera, incluindo São Paulo. Os motoristas interessados participaram de uma seleção e foram cadastrados, mas o número não foi divulgado.


O Uber informou que inicialmente será oferecida em Sorocaba a opção UberX, considerada mais básica, com carros lançados a partir de 2008. A tarifa será de R$ 2, mais R$ 1,1 por quilômetro rodado e R$ 0,20 por minuto. O valor mínimo e a taxa de cancelamento são de R$ 5.

Usuários apontam a economia como a maior vantagem e aprovam a chegada do Uber. "Numa corrida do centro até a Justiça do Trabalho, paguei R$ 12, sendo que de táxi eu pagava no mínimo R$ 25", disse o estagiário de Direito Rodrigo Pereira.


Lei

Quando o serviço foi iniciado na capital, em 2014, os taxistas se mobilizaram em Sorocaba e conseguiram que a Câmara aprovasse uma lei, em dezembro de 2015, proibindo o Uber na cidade.

A votação contrariou parecer da Comissão de Justiça da própria Câmara de que o projeto era inconstitucional, pois o assunto é de competência da União. Em maio deste ano, em ação da Procuradoria-Geral de Justiça do Estado contra a Câmara e a prefeitura, o TJ-SP suspendeu a lei de forma liminar. No julgamento definitivo, nesta semana, a lei municipal foi revogada pelo tribunal.

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