Força Jovem Universal recebe comitiva de Taiwan e abre turmas com doações
Visita contou com entrega de equipamentos musicais e início de aulas gratuitas; liderança destaca impacto do espaço nos jovens
Cidades|Do R7, em Brasília
A FJU (Central Nacional da Força Jovem Universal), no Brás, em São Paulo, recebeu nesta segunda-feira (8/12) uma comitiva de Taiwan, comandada pela cônsul-geral Angeles Chu e pela diretora Isabel Hsu.
A visita começou às 15h e incluiu apresentação do espaço, demonstrações de atividades e entrega oficial de instrumentos musicais adquiridos por meio do Instituto Mão Dupla.
Os equipamentos possibilitaram a criação de novas turmas inaugurais de bateria, guitarra, violão, teclado e contrabaixo, todas estruturadas com os itens entregues pelo consulado.
O responsável pela FJU no Brasil, bispo Celso Júnior, explicou o impacto simbólico e estrutural dessa etapa. Segundo ele, o aniversário da Central e a entrega dos equipamentos caminham juntas no esforço de ampliar atividades abertas ao público juvenil.
“Completamos um ano agora, no dia 1º de dezembro, e a ideia sempre foi essa: proporcionar atividades para os jovens. Desde o início promovíamos workshops, cursos de idioma, teatro, dança e instrumentos”, disse.
Ele contou que a parceria nasceu a partir do deputado estadual e vice-presidente da Alesp, Gilmaci Santos, que aproximou a instituição do Consulado-Geral de Taiwan. “A Cônsul de Taiwan se interessou em ajudar o projeto, por meio de um grupo, doando um valor para aquilo que estávamos precisando.”
O bispo relatou que o recurso possibilitou a compra de violões, guitarras, baixos, baterias e teclados, usados nas turmas inauguradas no mesmo dia.
“Hoje iniciamos as aulas com esses instrumentos para os jovens inscritos, gratuitamente. Estamos ajudando os jovens a desenvolver seus talentos, a não ficarem ociosos e a utilizarem o tempo de forma produtiva.”
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A partir de 15 anos
Bispo Celso Júnior reforçou que as atividades podem receber participantes de diferentes origens.
“A Central é um espaço para jovens a partir de 15 anos, independentemente da religião ou do nível de escolaridade. Qualquer jovem que chegar aqui e perguntar o que é este lugar, nós explicamos que é um espaço para jovens — e ele é automaticamente convidado a participar das aulas.”
Ele destacou que o ambiente tornou-se ponto de referência. “Primeiro, os jovens ficaram mais unidos, porque antes não tinham um lugar para permanecer, para conviver.”
Impacto familiar e estrutura de segurança
Para o bispo, a mudança no comportamento dos jovens também repercute dentro das casas. “Mudando a vida de um jovem, toda a família se beneficia”, afirmou. Ele mencionou o sistema de entrada com câmeras e reconhecimento facial.
“Sempre digo aos pais que podemos informar se o filho esteve aqui: registramos a hora em que entra e a hora em que sai.”
Segundo ele, esse controle oferece tranquilidade a responsáveis. “Se a mãe deixar o filho aqui, ele está guardado, seguro. Vai aprender algo, vai usar a estrutura de forma positiva.”
Cônsul de Taiwan
A Cônsul-Geral de Taiwan, Angeles Chu, destacou o motivo da aproximação com a FJU.
“Como Taiwan é a 22ª economia do mundo e o sexto país mais competitivo globalmente, acreditamos que temos capacidade de fazer mais contribuições à sociedade internacional”, disse, afirmando que a iniciativa não se limita à entrega de equipamentos.
Para Chu, mais do que uma doação, o trabalho é considerado “um investimento no futuro dos jovens.”
Como aconteceu com Nicole Freire, 20 anos, integrante da FJU. Ela contou ter entrado como voluntária do projeto HELP, onde aprendeu a se desenvolver, a lidar com outros jovens, a se integrar, a cuidar, a falar melhor e a se comunicar.
“As aulas me ensinaram que eu sou capaz de superar meus medos. Muitos têm receio de iniciar algo novo e pensam: ‘Será que eu sou capaz?’ Nessas aulas, aprendemos que sim, nós somos capazes.”
A professora voluntária Ana Augusta, docente de Inglês na FJU há duas décadas, descreveu a evolução observada desde a criação da Central. “O importante é que esse ponto de encontro não é apenas um lugar de distração; é algo muito mais profundo”, descreveu.
Segundo ela, a estrutura atual transformou o aprendizado. “Antes, por limitações de estrutura, tínhamos muitas interrupções. Hoje, vemos jovens mais interessados, mais engajados e descobrindo seus talentos.”
O bispo Celso Júnior reforçou que a Central seguirá em expansão. “Essa é apenas a primeira fase da Central. A segunda fase será maior, e precisamos de apoio. A maior parte do que temos foi doada.”
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