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Força-tarefa encontra roupas e pegadas que podem ser de fugitivos de Mossoró

Presos que fugiram da penitenciária federal escaparam pela luminária da cela e tiveram acesso a ferramentas de reforma

Cidades|Gabriela Coelho, do R7, em Brasília

Roupas e pegadas podem ser de fugitivos
Roupas e pegadas podem ser de fugitivos Divulgação

A força-tarefa organizada para capturar os dois fugitivos da Penitenciária Federal de Mossoró (RN) encontrou pegadas e roupas que podem ter ligação com os detentos que estão sendo procurados. A informação foi confirmada pelo R7. De acordo com fontes consultadas pela reportagem, eles são membros do Comando Vermelho e considerados "criminosos do front", que têm "muita disposição" física e de estratégia. Por essas características, o foco da ação é prendê-los nas primeiras 72 horas da fuga.

Em razão da fuga, a primeira na história dos presídios federais, o Ministério da Justiça e Segurança Pública nomeou o Carlos Luis Vieira, atual coordenador-geral de Classificação e Movimentação de Presos, como o interventor da Penitenciária de Mossoró.

Força-tarefa procura os dois fugitivos
Força-tarefa procura os dois fugitivos Divulgação

Os dois presos que fugiram da penitenciária escaparam pela luminária da cela e tiveram acesso a ferramentas usadas na reforma pela qual a unidade passa, afirmou o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, nesta quinta-feira (15).

Lewandowski avalia que "uma série de fatores" levaram à fuga dos detentos, entre falhas de construção da estrutura prisional e falta de funcionamento de câmeras. Para o ministro, o fato de a ação dos criminosos ter ocorrido na madrugada da terça de Carnaval para a Quarta-Feira de Cinzas pode ter facilitado a operação porque as "pessoas costumam estar mais relaxadas" nesse período.


Força-tarefa encontra roupas e pegadas
Força-tarefa encontra roupas e pegadas Divulgação

Os fugitivos teriam conseguido alcançar, por meio do shaft, o teto do sistema prisional, onde também não havia nenhuma laje, grade ou sistema de proteção. "É uma questão de projeto. Quem fez deveria ter imaginado que a proteção deveria ter sido mais eficiente", avaliou o ministro.

Após ultrapassaram os obstáculos, os criminosos encontraram ferramentas utilizadas na reforma do presídio. Em seguida, Deibson e Rogério se depararam com um tapume de metal que protegia o local reformado e fizeram uma brecha na estrutura. Depois, com alicates usados na obra, cortaram as grades que os separavam do mundo exterior.

"É verdade que outro fator contribuiu para que esse evento ocorresse. Algumas câmeras não estavam funcionando adequadamente, assim como algumas lâmpadas, que poderiam eventualmente, detectar fugas. De quem é essa responsabilidade e por que ocorreu será objeto de investigação", completou Lewandowski. Há o inquérito investigativo conduzido pela Polícia Federal e também uma sindicância administrativa, para apurar eventual participação de servidores.

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