'Fuzilaram o quartel', afirma testemunha de mega-assalto a transportadora em Guarapuava
Moradores da cidade viram dois policiais serem alvejados e um intenso tiroteio no batalhão da PM. Três pessoas ficaram feridas
Cidades|Do R7, com informações da Record TV
No ataque à transportadora de valores de Guarapuava, no interior do Paraná, na noite deste domingo (17), houve um intenso tiroteio. Testemunhas descreveram cenas de terror. O grupo criminoso fez moradores reféns, que foram usados como escudo humano, e atirou contra o batalhão da Polícia Militar. Ao menos três pessoas ficaram feridas.
De acordo com o relato de uma mulher que testemunhou a ação, o tiroteio foi intenso. "Tem dois policiais baleados. Não sei como eles tão. Mas, sim, foram dois alvejados. E o quartel tá inteiro cheio de tiro. Fuzilaram o 16º. Colocaram um caminhão em cada entrada, meteram fogo. Tá feia a coisa. Tá cheio de bandido na cidade. Tudo com arma longa, fuzil .50, daí pra pior", disse.
Outro homem descreve a situação: "Fuzilaram o carro da Choque. Queria que você visse os policiais mortos. Meu Deus, que coisa mais horrível de ver".
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Até o momento, não houve mortes, mas dois policiais foram baleados. Um deles foi atingido na cabeça e está em estado gravíssimo. O outro, baleado na perna, não corre risco de morrer. Também o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) confirmou que um morador foi baleado no braço.
O caso
Nas imagens veiculadas nas redes sociais é possível ouvir tiros sendo disparados. Veículos foram incendiados no meio das ruas da cidade, que teve diversas vias bloqueadas. "Houve ataque à base da Proforte em Guarapuava. Orientamos a população a se abrigar em casa", relatou a PM.
Equipes de apoio da polícia de cidades vizinhas, inclusive Curitiba, foram acionadas. Moradores, no entanto, afirmam que os criminosos fugiram antes da chegada do reforço dos militares. Também um tanque do Exército circulou pelas ruas do município.
A Polícia Rodoviária de Ponta Grossa foi chamada para enviar reforços ao município, localizado a 255 km da capital do Paraná.
O assalto teve início perto das 23h e foi semelhante ao roubo registrado em Criciúma (SC) em dezembro de 2020, com veículos incendiados, muitos tiros e reféns. As ações, classificadas de “novo cangaço”, aterrorizam cidades de pequeno e médio porte e se aproveitam da estrutura policial menor para recolher altas quantias de dinheiro.