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Mensagens de WhatsApp revelam que Khashoggi temia ser morto

Gazeta Digital|

Khashoggi, Jornalista Saudita
Khashoggi, Jornalista Saudita Khashoggi, Jornalista Saudita

Conversas por WhatsApp entre o jornalista saudita Jamal Khashoggi e o ativista saudita exilado, Omar Abdulaziz, revelam que o primeiro se sentia ameaçado e com medo de retaliações do governo saudita.

A CNN divulgou nesta segunda-feira (3) cerca de 400 mensagens, nas quais, em conversa com Abdulaziz, exilado no Canadá, Khashoggi faz críticas ao perfil "opressor" do governo do príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammed Bin Salman.

O jornalista revelou temor em relação à pressão que um grupo de ativistas estava sofrendo do governo de Bin Salman, considerado por ele imaturo, cruel e insaciável.

Tirania do príncipe

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"As prisões são injustificadas e (pela lógica) não o servem, mas a tirania não tem lógica, mas ele ama a força, a opressão e precisa mostrá-las", diz o jornalista em uma das mensagens. "Ele é como um 'pac man': quanto mais vítimas ele come, mais ele quer. Não me surpreenderá que a opressão chegue até mesmo àqueles que o aplaudem, depois a outros e a outros e assim por diante. Deus sabe."

Abdulaziz, então, responde: "Surpreendente. Existe a possibilidade de que, quando ele se tornar um rei, ele os perdoasse? Em um gesto para mostrar perdão e misericórdia."

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E Khashoggi completa: "É isso que a lógica diz, mas não tenho mais fé para analisar a mente do homem."

Deus nos ajude

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A troca de mensagens prosseguiu por mais alguns meses, até que, em agosto, levantou-se a possibilidade de os diálogos terem sido interceptados por aliados de Bin Salman.

Neste momento, Khashoggi revelou o medo de ser assassinado e escreveu: "Deus nos ajude."

Tendo cidadania americana, Khashoggi foi morar em 2017 nos Estados Unidos, em busca de segurança, já que ele receava ser perseguido pelo príncipe, que começava um processo de retaliação aos dissidentes.

Bem relacionado entre empresários e políticos sauditas, Khashoggi exercia influência em alguns setores, por sua experiência e suas fontes como repórter, desde os tempos em que foi correspondente durante conflitos em países como Argélia, Sudão e Afeganistão, onde entrevistou o líder da Al-Qaeda, Osama Bin Laden.

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