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Grupo alvo da PF usava mercados ‘laranjas’ para lavar dinheiro na fronteira com o Paraguai

Organização era dividida em cinco núcleos e teria movimentado R$ 82 milhões em dois anos

Cidades|Rafaela Soares, do R7, e Natália Martins, da RECORD, em Brasília

Grupo movimentou R$ 82 milhões em dois anos Divulgação/Polícia Federal - 17.9.2024

A Polícia Federal cumpriu nesta terça-feira (17) 34 mandados de busca e apreensão, além de seis mandados de prisão preventiva e quatro de prisão temporária contra um grupo especializado no câmbio ilegal de moedas internacionais e no tráfico de drogas na fronteira com o Paraguai. Segundo as investigações, a organização era dividida em cinco núcleos e teria movimentado R$ 82 milhões em dois anos com a lavagem de dinheiro. A Justiça autorizou o bloqueio desse montante, e as medidas estão sendo cumpridas em nove cidades do Brasil (veja a lista completa abaixo).

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A operação conta com a participação de 190 policiais federais e tem o apoio da Secretaria Nacional Antidrogas do Paraguai. Segundo a PF, o esquema sofisticado envolvia bancos paralelos que movimentavam os recursos ilegais, direcionando depósitos e transferências para “laranjas” e comércios, principalmente supermercados, localizados em regiões de fronteira do Brasil. “Posteriormente, os recursos eram enviados para casas de câmbio no exterior e permaneciam à disposição das organizações criminosas”, afirmou a investigação.

Veja o balanço das medidas de busca e apreensão:

  • 7 em Curitiba (PR)
  • 1 em São José dos Pinhais (PR)
  • 3 em São Caetano do Sul (SP)
  • 1 em São Paulo (SP)
  • 3 em Natal (RN)
  • 1 em Ponta Porã (MS)
  • 14 no Chuí (RS)
  • 2 em Bagé (RS)
  • 2 em Aceguá (RS)

Veja o balanço das prisões:

  • Pedro Juan Caballero (Paraguai): Preventiva
  • Curitiba (PR): Preventiva
  • Natal (RN): Temporária
  • Ponta Porã (MS): Temporária
  • São Caetano do Sul (SP): Temporária

Início das investigações

A operação desta terça-feira é um desdobramento da Operação Operador Fenício II, deflagrada em novembro de 2022. Na ocasião, a corporação investigou crimes financeiros ocorrendo na região fronteiriça entre Brasil e Uruguai. A apuração levou à identificação de uma empresa localizada no Chuí (RS), suspeita de receber grandes quantias de origem ilícita, com fortes indícios de envolvimento em lavagem de dinheiro e evasão de divisas.

Mesmo após as ações policiais iniciais, as atividades ilícitas persistiram, resultando na identificação de novos atores e núcleos de uma rede criminosa internacional dedicada à lavagem de ativos ilícitos provenientes de diversos crimes.

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