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Imagens de satélite mostram alcance da destruição do ciclone no RS

O balanço mostra que 104 municípios foram afetados pelas cheias; nove pessoas estão desaparecidas, e há 4.904 desabrigados

Cidades|Agência Brasil

Registro mostra o antes e depois do ciclone
Registro mostra o antes e depois do ciclone Registro mostra o antes e depois do ciclone

Imagens de satélites que fazem parte do Programa de Monitoramento Rede Brasil M.A.I.S (Meio Ambiente Integrado e Seguro), do Ministério da Justiça e Segurança Pública, mostram o alcance da destruição provocada pelo ciclone extratropical no Rio Grande do Sul. Com o registro do antes e depois, é possível analisar o impacto nos municípios de General Câmara, Taquari, Muçum e Encantado.

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Por meio das fotos tiradas diariamente, é possível mapear alagamentos em áreas rurais e urbanas, o que auxilia o governo local a tomar decisões estratégicas e emergenciais, além de acompanhar a evolução da situação nessas áreas e orientar os esforços de reconstrução.

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De acordo com as informações do Governo do Rio Grande do Sul, as chuvas intensas que causaram enchentes e deixaram estragos em dezenas de cidades gaúchas provocaram 48 mortes no estado até as 18h do último domingo (17).

Segundo o balanço, 104 municípios foram afetados, nove pessoas estão desaparecidas, e 3.130 foram resgatadas. Os registros ainda mostram que há 4.904 desabrigados e 1.088 desalojados, além de terem sido afetados 359.641 cidadãos. Pelo menos 943 pessoas ficaram feridas. 

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As imagens cedidas fazem parte do programa de monitoramento que disponibiliza a órgãos públicos, pesquisadores e outros interessados os registros de satélite da constelação da empresa americana Planet, por meio de contrato entre a Polícia Federal e a SCCON, responsável pela plataforma.

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As imagens geradas entram na plataforma, são organizadas, analisadas e, então, são emitidos os alertas. Por exemplo, em uma área de queimadas, o satélite da Planet capta a imagem, e a Plataforma SCCON cria o alerta de queimada.

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Atualmente, o programa tem mais de 300 instituições governamentais cadastradas, com cerca de 43 mil usuários. Entre elas estão órgãos como Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, órgãos estaduais de Meio Ambiente, ANA (Agência Nacional de Águas) e polícias militares, entre outros.

Alcance

Iara Musse, CEO da SCCON, explica que a plataforma conta com 180 satélites, a mais de 550 quilômetros da Terra, com sensores que captam as imagens em alta resolução e dão detalhes da situação. Como a Terra gira em torno de seu eixo, é possível, com esse número de satélites, adquirir imagens da superfície terrestre diariamente. 

“Todos os dias o Brasil é fotografado em alta resolução pela Planet. Então esse satélite está ‘tirando foto’ de todo o Brasil, incluindo o estado do Rio Grande do Sul, e envia esses sinais com essas imagens. Em 24 horas, essas imagens estão em uma plataforma na web disponibilizada para o usuário”, disse Iara.

Segundo o diretor comercial da SCCON Geospatial, Vinícius Rissoli, com as imagens diárias o governo gaúcho consegue fazer a identificação das áreas impactadas pelos alagamentos, tanto nas regiões rurais como nas urbanas.

“Com essas mesmas imagens e outro produto de detecção de construções, a equipe técnica da Secretaria de Gestão e Planejamento do Rio Grande do Sul pode fazer a identificação das áreas urbanas atingidas pelas inundações. Assim, as equipes têm o auxílio das imagens para a tomada de decisões estratégicas e emergenciais, com o acompanhamento diário e a evolução nessas áreas.”

O Governo do Rio Grande do Sul foi procurado para comentar o uso das imagens, mas não respondeu ao contato.

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