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Juíza que gritou com testemunha em SC pede afastamento para tratar de transtorno bipolar

Brustolin continuará longe das funções até o fim do procedimento interno que investiga comportamento durante audiência

Cidades|Do R7

A juíza Kismara Brustolin, que foi afastada pelo TRT-12
A juíza Kismara Brustolin, que foi afastada pelo TRT-12

A juíza substituta Kismara Brustolin, do TRT-12 (Tribunal Regional do Trabalho da 12ª Região) de Santa Catarina, que gritou com uma testemunha que não a chamou de "excelência" durante depoimento na Vara de Trabalho de Xanxerê, solicitou afastamento para tratamento de saúde por transtorno bipolar.

O pedido foi concedido e é válido por 15 dias, segundo o tribunal.

O TRT-12 já havia informado que apura os fatos que envolvem a juíza e que ela ficaria afastada até o fim do procedimento interno.

"A suspensão da realização de audiências deverá ser mantida até a conclusão do procedimento apuratório de irregularidade ou eventual verificação de incapacidade da magistrada, com o seu integral afastamento médico", informou o tribunal.


Brustolin será alvo de uma investigação interna e de outra, do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), para apurar irregularidades na sua conduta.

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A investigação sobre Brustolin foi aberta após ter viralizado nas redes sociais uma gravação na qual a magistrada grita com um homem, que prestava depoimento como testemunha, e desconsidera seu depoimento.

Entenda o caso

Durante a audiência, Brustolin exigiu da testemunha tratamento reverencial. "Eu chamei sua atenção. O senhor tem que responder assim: 'O que a senhora deseja, excelência?' Responda, por favor."

O homem demonstra não ter entendido o que aconteceu. Em seguida, a magistrada o adverte: "O senhor não é obrigado, mas se o senhor não disser isso, o seu depoimento termina por aqui e será totalmente desconsiderado", avisa. Ela o chama de "bocudo".

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Em seguida, Brustolin determina que a testemunha seja removida da audiência virtual. Ela afirma ao advogado: "Eu desconsiderei o depoimento desta testemunha porque faltou com a educação. Se o senhor quer registrar os protestos, eu aceito e, depois, o senhor pode recorrer, fica no seu direito. Ele [testemunha] não cumpriu com a urbanidade e a educação".

A reportagem pediu um posicionamento da magistrada, via assessoria de imprensa do TRT, mas não obteve retorno até a publicação deste texto.

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