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Justiça autoriza quebra do sigilo telefônico do autor do ataque à creche em Blumenau

Polícia Civil ainda vai investigar se o suspeito de 25 anos agiu sozinho e qual é a motivação do assassinato brutal das crianças  

Cidades|Letícia Dauer, do R7

Pais se reúnem em frente à creche particular alvo do ataque
Pais se reúnem em frente à creche particular alvo do ataque

A Justiça autorizou, nesta quinta-feira (6), a quebra do sigilo telefônico e telemático do autor do ataque ao CEI (Centro de Educação Infantil) Cantinho Bom Pastor, que terminou com quatro crianças assassinadas em Blumenau (SC).

A informação foi confirmada pela Secretaria de Segurança Pública de Santa Catarina ao R7. Agora, a Polícia Civil vai analisar o conteúdo do aparelho celular do homem, que foi apreendido ontem (5), após o atentado contra a escola. As redes sociais dele também serão alvo da investigação.

De acordo com o delegado Ronnie Esteves, titular da Divisão de Investigação Criminal de Blumenau, a polícia ainda vai investigar se o suspeito agiu sozinho e qual é a motivação do crime. 

Ele vai responder por quatro homicídios triplamente qualificados e quatro tentativas de homicídio triplamente qualificado. Ainda nesta tarde, o autor do ataque, segundo o Tribunal de Justiça de Santa Catarina, passará por audiência de custódia, que vai determinar se a prisão em flagrante será convertida em preventiva ou não.


Segundo o delegado-geral da Polícia Civil de Santa Catarina, Ulisses Gabriel, o suspeito é natural de Salto do Lontra, no Paraná, e tem quatro antecedentes criminais registrados entre 2016 e 2022.

Dois anos atrás, o homem esfaqueou o padrasto. Em dezembro do ano passado, quebrou o portão dele e feriu um cachorro com uma faca. O histórico criminal também revela que ele já foi detido por posse de cocaína e por brigar em uma casa noturna.


Para a polícia, o ataque à creche é um caso isolado. Até o momento, não foi encontrada nenhuma ligação entre o suspeito e a creche particular alvo do atentado. 

Vítimas

Bernardo Cunha Machado, Bernardo Pabest da Cunha, Enzo Marchesin e Larissa Maia Toldo foram sepultados na manhã desta quinta-feira no cemitério do centro da cidade sob forte comoção e homenagens de familiares e amigos. As vítimas tinham entre 4 e 7 anos.

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