Justiça barra tentativa da Mover/Camargo Corrêa de ocultar documentos em processo
Construtora deve permitir acesso a documentos em processo que apura suposto esvaziamento patrimonial do grupo
Cidades|Do R7, em Brasília

O juiz Rodrigo Marinho, da 4ª Vara Cível de São Paulo, decidiu nesta quarta-feira (21) negar um pedido feito pela Mover Participações, antiga Camargo Corrêa, para manter em sigilo documentos de uma investigação sobre desvio de recursos que teria provocado o esgotamento do patrimônio do grupo. O R7 tenta contato com a Mover.
A investigação também envolve o Bradesco. O banco afirma que os ativos do grupo Mover começaram a ser vendidos a partir de 2010, sem que se saiba com clareza para onde os valores arrecadados foram destinados.
A instituição quer saber se houve distribuição aos acionistas, pagamento de dívidas ou outros fins, e suspeita que os responsáveis blindaram seus bens, deixando as empresas sem patrimônio.
No início deste mês, o Tribunal de Justiça de São Paulo já tinha autorizado o Bradesco a produzir provas antecipadas. Essa medida serve para que a instituição reúna provas que possam ser usadas, no futuro, em um pedido para desconsiderar a personalidade jurídica ou em outro processo contra os donos e administradores da Mover.
Nesta quinta, a Justiça entendeu que o processo deve permanecer público, mas informações sensíveis nos documentos podem ser protegidas com tarjas.
“Documentos sigilosos, em especial aqueles exibidos para fins de realização da prova pericial, incluindo eventuais acordos, que possam conter dados sensíveis, podem ser tarjados de forma individual, sem prejuízo da publicidade do processo que continua sendo a regra, conforme previsto na Constituição Federal”, decidiu o juiz Rodrigo Marinho.
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