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Juiz determina perícia na Mover/Camargo Corrêa para rastrear destino de dinheiro

Decisão da 4ª Vara Cível de São Paulo acata pedido do Bradesco e autoriza auditoria para investigar possível esvaziamento patrimonial do grupo

Cidades|Do R7 e Do R7, em Brasília

Mover/Camargo Corrêa é investigada por desvio de recursos Camargo Corrêa/Divulgação/Arquivo

O juiz Rodrigo Marinho, da 4ª Vara Cível de São Paulo, autorizou uma perícia contábil nas contas da Mover Participações, antiga Camargo Corrêa, para investigar se houve desvio de recursos que teria provocado o esgotamento do patrimônio do grupo.

A decisão atende a um pedido feito pelo banco Bradesco, que tenta reunir provas antes de decidir se ajuíza uma ação para responsabilizar os controladores da empreiteira.

Na decisão proferida nesta terça-feira (6), o juiz afastou todos os argumentos da defesa do grupo Mover, que tentou barrar o avanço da ação alegando questões técnicas e processuais. A empreiteira, com empresas do mesmo grupo, apontou suposta incompetência da Vara Cível comum, questionou o valor da causa e pediu mais prazo para se manifestar, mas nenhum desses pontos foi aceito.

Segundo o juiz, a discussão envolve o direito de um credor buscar provas sobre o destino de recursos financeiros, sem envolver questões típicas do direito empresarial. Por isso, a análise segue válida na Justiça Cível.


O Bradesco afirma que os ativos do grupo Mover começaram a ser vendidos a partir de 2010, sem que se saiba com clareza para onde os valores arrecadados foram destinados.

A instituição quer saber se houve distribuição aos acionistas, pagamento de dívidas ou outros fins, e suspeita que os responsáveis blindaram seus bens, deixando as empresas sem patrimônio.


Pedido dentro das regras

O juiz concordou que o pedido está dentro das regras legais para produção antecipada de provas. Por isso, autorizou a auditoria econômico-contábil, com foco no período posterior à concessão de crédito pelo Bradesco.

A perícia será conduzida pelo contador Pedro Henrique de Barros, que deve informar quanto cobrará pelo serviço após o prazo das partes para apresentar quesitos e indicar assistentes técnicos. Os custos serão inicialmente pagos pelo banco.


O processo segue em andamento, e o juiz indicou que só vai decidir sobre os demais pedidos do Bradesco — como a exibição de documentos e oitiva de ex-executivos — após a conclusão da perícia.

Mover/Camargo Corrêa

O grupo Mover enviou nota para a reportagem do R7. Confira:

“A Mover rejeita as acusações apresentadas pelo Bradesco, por considerá-las indevidas e com o claro objetivo de tentar constranger e intimidar seus acionistas e executivos.

Na recente decisão judicial, prevaleceu a posição jurídica da Mover, já que a maior parte dos pedidos formulados pelo Bradesco foi negada.

De qualquer forma, a realização de perícia não causa qualquer preocupação para a Mover, sendo encarada como uma oportunidade para confirmar a lisura dos atos praticados.

A Mover seguirá adotando as medidas legais cabíveis para defender seus direitos e sua reputação."

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