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Local de chacina no Ceará será transformado em templo religioso

Forró do Gago, onde ao menos 14 pessoas morreram no último sábado (27), vai deixar de existir

Cidades|Lucas Memória, da TV Cidade, e Matheus Pastori, do R7 na Bahia

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Em depoimento, dono do espaço disse ter ficado muito chocado ao se deparar com os corpos
Em depoimento, dono do espaço disse ter ficado muito chocado ao se deparar com os corpos

O dono do clube Forró do Gago, onde ocorreu a maior chacina da história do Ceará, prestou depoimento na tarde desta desta quinta-feira (1°), no 13º Distrito Policial, no bairro Cidade dos Funcionários, em Fortaleza.

A defesa do empresário afirmou à reportagem da TV Cidade, afiliada da RecordTV no Ceará, que o espaço será transformado em um templo religioso. Na sexta-feira (2), será realizado um culto em homenagem às 14 vítimas que perderam a vida naquele espaço.


De acordo com a Polícia Civil, José Cleidiano Girão Nobre, de 36 anos, como foi identificado o empresário, afirmou que não estava no clube quando o crime aconteceu. Ele confirmou ser proprietário do espaço e disse que realizava festas no fim de semana. No dia do crime, estava em casa, próximo ao local e escutou os disparos. Assustado, Cleidiano decidiu não sair de casa.

Ao chegar ao clube, o dono do espaço disse ter ficado muito chocado ao se deparar com os corpos. As vítimas, em sua maioria, eram frequentadores do local.


Após a chacina, o comercialmente deveria ter prestado depoimento, mas temeu represálias de facções. José recebe ameaças desde então, mas preferiu não comentar o assunto.

Ainda segundo a Polícia Civil, José Cleidiano já tinha sido preso anteriormente, ao ser flagrado comercializando CDs piratas.


Alvará de funcionamento

José Clediano e seu advogado apresentaram documentos que comprovam que o estabelecimento tinha autorização para funcionar.


Anteriormente o delegado Hélio Marques, responsável pela investigação, havia informado que o estabelecimento poderia ser interditado por ultrapassar o volume de decibéis permitidos por lei. O responsável pelo inquérito ainda argumentou que a localização do Forró do Gago prejudicava fugas em situações de emergência.

A polícia afirmou que os documentos apresentados serão analisados. Entretanto, antes do inquérito ser finalizado, em até 30 dias, uma medida cautelar para interditar o espaço deverá ser solicitada.

Ainda no sábado (27), o Corpo de Bombeiros do Ceará, através da Capitã Juliane Freire, assessora da corporação, informou que o Forró do Gago "seguia as normas de segurança e proteção contra incêndio e pânico".

O último certificado do estabelecimento foi emitido em dezembro do ano passado.

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