Mais de 6 milhões de brasileiros ficaram desalojados por desastres naturais em 11 anos
Calamidades geraram, também, perda de quase R$ 800 milhões para o país
Cidades|Bruna Pauxis, do R7, em Brasília
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Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Entre 2013 e 2024, o Brasil acumulou uma perda de quase R$ 800 milhões em razão de calamidades públicas. Nesse período, mais de 6 milhões de brasileiros foram forçados a deixar seus lares devido a decretos municipais de Situação de Emergência ou Calamidade Pública.
Os dados, fornecidos pela CNM (Confederação Nacional de Municípios), revelam que o país acumulou um prejuízo de mais de R$ 732 milhões devido a desastres naturais. Ao todo, foram registrados 70,3 mil decretos municipais no período analisado.
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Em contrapartida, das localidades, apenas 66% garantiram ter um Plancon (Plano de Contingência) para desastres, 26% informaram ter o PMRR (Plano Municipal de Redução de Risco, ajuste com base em referências da CNM) e 21% não têm nenhum instrumento de Defesa Civil.
Para o presidente da CNM, Paulo Ziulkoski, os números refletem um descaso por parte do governo. “O município não tem estrutura fiscal, financeira ou técnica. Essa questão dos desastres ambientais é muito mais aguda e leva ao óbito de muitas pessoas. Isso quem tem que responder é o governo federal e o Congresso”, defendeu.
O estudo foi feito com a participação de 2.871 municípios brasileiros. Mais da metade deles (56%) reconheceu a importância do apoio técnico para mensurar os danos e os prejuízos causados por desastres. Em relação aos insumos, 67% dos entes alegaram necessitar de suporte financeiro para ações de prevenção de desastres.
A Defesa Civil nas Cidades
- 12,9% (cerca de 370 localidades) afirmaram não realizar atividades de defesa civil.
- 49% responderam que a Defesa Civil, em seu âmbito, executa ações, mas não tem um órgão especializado.
Sobre os custos
- Mais de 70% dos municípios disseram que seus gastos com defesa civil não ultrapassam R$ 50 mil.
- Mais de um terço (39%) dos respondentes relataram que a LOA (Lei Orçamentária Anual) não inclui despesas com a Defesa Civil.
- Dos que preveem essas despesas na lei, 30% disseram que o orçamento cobre menos da metade dos custos.
Para Ziulkoski, a implantação do dispositivo nos municípios depende do investimento por parte do governo. “Se tiver recurso e estrutura, vai ter Defesa Civil em todos os municípios. Não tem recurso para executar”, garantiu. “Nós estamos tentando mobilizar para tentar se organizar, já que a União não faz nada nos estados, nós estamos tentando fazer”, completou.
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