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Mais de 6 milhões de brasileiros ficaram desalojados por desastres naturais em 11 anos

Calamidades geraram, também, perda de quase R$ 800 milhões para o país

Cidades|Bruna Pauxis, do R7, em Brasília

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • Mais de 6 milhões de brasileiros ficaram desalojados devido a desastres naturais entre 2013 e 2024.
  • O Brasil teve uma perda acumulada de quase R$ 800 milhões por causa de calamidades públicas.
  • Apenas 66% dos municípios possuem um Plano de Contingência para desastres.
  • O presidente da CNM criticou a falta de estrutura e investimento do governo em Defesa Civil.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Enchentes no Rio Grande do Sul em 2023 deixaram 615 mil desalojados Joédson Alves/Agência Brasil - 29/04/2025

Entre 2013 e 2024, o Brasil acumulou uma perda de quase R$ 800 milhões em razão de calamidades públicas. Nesse período, mais de 6 milhões de brasileiros foram forçados a deixar seus lares devido a decretos municipais de Situação de Emergência ou Calamidade Pública.

Os dados, fornecidos pela CNM (Confederação Nacional de Municípios), revelam que o país acumulou um prejuízo de mais de R$ 732 milhões devido a desastres naturais. Ao todo, foram registrados 70,3 mil decretos municipais no período analisado.


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Em contrapartida, das localidades, apenas 66% garantiram ter um Plancon (Plano de Contingência) para desastres, 26% informaram ter o PMRR (Plano Municipal de Redução de Risco, ajuste com base em referências da CNM) e 21% não têm nenhum instrumento de Defesa Civil.

Para o presidente da CNM, Paulo Ziulkoski, os números refletem um descaso por parte do governo. “O município não tem estrutura fiscal, financeira ou técnica. Essa questão dos desastres ambientais é muito mais aguda e leva ao óbito de muitas pessoas. Isso quem tem que responder é o governo federal e o Congresso”, defendeu.


O estudo foi feito com a participação de 2.871 municípios brasileiros. Mais da metade deles (56%) reconheceu a importância do apoio técnico para mensurar os danos e os prejuízos causados por desastres. Em relação aos insumos, 67% dos entes alegaram necessitar de suporte financeiro para ações de prevenção de desastres.

A Defesa Civil nas Cidades

- 12,9% (cerca de 370 localidades) afirmaram não realizar atividades de defesa civil.


- 49% responderam que a Defesa Civil, em seu âmbito, executa ações, mas não tem um órgão especializado.

Sobre os custos

- Mais de 70% dos municípios disseram que seus gastos com defesa civil não ultrapassam R$ 50 mil.


- Mais de um terço (39%) dos respondentes relataram que a LOA (Lei Orçamentária Anual) não inclui despesas com a Defesa Civil.

- Dos que preveem essas despesas na lei, 30% disseram que o orçamento cobre menos da metade dos custos.

Para Ziulkoski, a implantação do dispositivo nos municípios depende do investimento por parte do governo. “Se tiver recurso e estrutura, vai ter Defesa Civil em todos os municípios. Não tem recurso para executar”, garantiu. “Nós estamos tentando mobilizar para tentar se organizar, já que a União não faz nada nos estados, nós estamos tentando fazer”, completou.

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