Meta, dona do Facebook, processa empresas brasileiras por venderem seguidores
Esta é a primeira vez que a Meta entra diretamente com esse tipo de ação no Brasil. Empresas têm cinco dias para se pronunciar
Cidades|Laura Lourenço, da Agência Record
A Meta, dona dos aplicativos Instagram, Facebook e WhatsApp, está processando duas empresas brasileiras por oferecerem serviços de engajamento falso, que violam os Termos de Uso da empresa.
Por meio de um comunicado, redigido pela diretora jurídica da Meta, Jessica Romero, e publicado na quinta-feira (11), as empresas MGM Marketing Digital LTDA e a Igoo Networks Eireli Me oferecem curtidas, seguidores e visualizações falsas no Instagram.
Esta é a primeira vez que a Meta entra diretamente com esse tipo de ação no Brasil contra as empresas, em processo que tramita no TJSP (Tribunal de Justiça de São Paulo).
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"Os processos alegam que os réus violaram os Termos de Uso do Instagram ao fazerem uso de automação não autorizada e a lei brasileira, incluindo leis que protegem programas de computador e propriedade intelectual. Estamos buscando ordens judiciais para banir permanentemente os réus de usar nossas plataformas", informa nota divulgada no site da empresa.
O juiz responsável pelo caso, Luís Felipe Ferrari Bedendi, em decisão da última quarta-feira (10), considerou as acusações graves e informou que ambas as empresas têm cinco dias para se pronunciar a respeito antes de decidir sobre o pedido de liminar feito pela Meta.
Além de entrar com duas ações na Justiça, a Meta desativou contas e enviou notificações extrajudiciais a mais de 40 empresas localizadas no Brasil que ofereciam serviços semelhantes de engajamento falso para Facebook e Instagram.