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MP denuncia 17 por tortura em 'disputa territorial' entre facções

Pessoas são acusadas de prática de tortura, homicídio qualificado, ocultação de cadáver, extorsão e corrupção de menores

Cidades|

Crimes foram motivados por disputa territorial
Crimes foram motivados por disputa territorial Crimes foram motivados por disputa territorial

O Ministério Público de Mato Grosso denunciou 17 pessoas por uma série de crimes motivados por 'disputa territorial pelo mercado de tráfico de drogas' entre as facções Comando Vermelho e PCC (Primeiro Comando da Capital).

A 2ª Promotoria de Justiça Criminal de Alta Floresta - município situado na divisa com o Pará, a cerca de 790 km de Cuiabá - imputa aos acusados supostos crimes de organização criminosa, prática de tortura mediante sequestro, homicídio qualificado (consumado e tentado), ocultação de cadáver, extorsão qualificada e corrupção de menores. Segundo o órgão, em caso de condenação, as penas podem passar de 100 anos em relação a alguns denunciados.

A peça foi apresentada à Justiça estadual na sexta-feira (5) na esteira da Operação Torquemada e narra crimes cometidos em abril contra duas vítimas, Raiane do Nascimento Silva e Carlos Eduardo Santos Azevedo. De acordo com o Ministério Público de Mato Grosso, os acusados, todos supostos integrantes do CV, acreditavam que elas possuíam envolvimento com o PCC, facção criada em São Paulo.

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Segundo o documento, Raiane foi torturada por horas, com agressões físicas em dois cativeiros. A Promotoria narra que os denunciados inseriram agulhas embaixo das unhas de suas mãos e pés, arrancaram oito unhas dos pés da mulher e ainda jogaram álcool em seus dedos. Além disso, partes do corpo da vítima foram queimadas com isqueiro, diz o MP.

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Já Carlos Eduardo Santos Azevedo foi torturado e executado com golpes de faca e disparos de arma de fogo, narram os promotores. Segundo o Ministério Público estadual, os acusados também tentaram matar Raiane com disparos que a atingiram na região da nuca e nas costas, sendo que ela só sobreviveu porque se fingiu de morta e depois buscou ajuda, recebendo tratamento médico no Hospital Regional de Alta Floresta.

De acordo com a Promotoria, 13 dos denunciados estão custodiados em presídios de Alta Floresta, Colíder e Cuiabá. A organização, segundo o MP, era liderada por Angélica Saraiva de Sá, atualmente recolhida no Presídio Feminino Ana Maria do Couto May. O órgão indica ainda que as ações contaram com a participação de cinco adolescentes.

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