Cidades do Rio Grande do Sul, Paraná, Mato Grosso do Sul e Bahia registraram algumas das maiores temperaturas do Brasil nesta terça-feira (4). O município de Quaraí (RS) liderou o ranking com 39,9°C, de acordo com dados do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), Simepar e Simagro.A onda de calor, que afeta o Sul, parte do Sudeste e do Centro-Oeste, mantém as temperaturas elevadas em diversas localidades. Segundo a Climatempo, esse é o quinto evento de calor extremo de 2025, e a previsão é de que as temperaturas continuem altas até o dia 9 de março. Durante esse período, os termômetros podem voltar a marcar próximos de 40°C em estados do Sul e em Mato Grosso do Sul.A previsão para esta quarta-feira (5) indica muito sol e pouca chuva na região Sul. No Paraná, podem ocorrer pancadas isoladas, mas a expectativa é de que beneficiem apenas áreas pequenas e, mesmo assim, de forma intensa e passageira. O tempo seco e quente segue predominando na maior parte do Brasil.Segundo o Inmet, a onda de calor deve perder força a partir do domingo (9), quando uma nova frente fria chegará ao Rio Grande do Sul. Com isso, as temperaturas começarão a diminuir gradualmente, e o aumento das chuvas está previsto para a semana de 10 de março.Confira as 10 maiores temperaturas registradas no Brasil em 4 de março de 2025, segundo informações coletadas pelo Inmet, Simepar e Simagro.Segundo as orientações do Ministério da Saúde, a forte onda de calor reforça a importância de hidratação, proteção solar e de evitar exposição prolongada ao sol nos horários mais quentes do dia. A recomendação de especialistas é que a população tome cuidados extras, especialmente idosos e crianças, mais vulneráveis a temperaturas extremas.De acordo com informações do MetSul, uma frente fria já tem data marcada para avançar sobre a região, trazendo alívio para milhões de pessoas após um longo período de temperaturas excessivamente altas.Esse calor extremo tem sido causado por um bloqueio atmosférico, associado à Alta Semi-Estacionária do Atlântico Sul (ASAS), que inibiu a formação de chuvas e manteve as temperaturas persistentemente elevadas nos estados do Sul e Sudeste. Segundo o MetSul, esse fenômeno deslocou o canal de umidade amazônico para o Centro da Argentina e Uruguai, onde foram registradas fortes tempestades, enquanto grande parte do Brasil enfrentou calor intenso e chuvas escassas.No Rio Grande do Sul, as temperaturas estão acima da média há 12 dias consecutivos, com diversas tardes registrando máximas próximas ou superiores a 40°C. Nos últimos dias, o calor se intensificou ainda mais, com a alta pressão deslocada para o Sul, na costa da região, prolongando o período de calor extremo.Ainda segundo o MetSul, com a chegada da frente fria prevista para o próximo fim de semana, a expectativa é de que as temperaturas comecem a diminuir gradativamente, acompanhadas pelo aumento da nebulosidade e da frequência das chuvas, trazendo um alívio tão esperado para a população.