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Outono com chuva, frio ou altas temperaturas? Veja como fica a estação

Estação que começa a partir das 18h25 desta segunda-feira (20) deve ser marcada pelo avanço de frente fria e chuva extrema

Cidades|Do R7

Há previsão de chuvas extremas para o outono em vários estados do Brasil
Há previsão de chuvas extremas para o outono em vários estados do Brasil

As últimas horas do verão e o início do outono, a partir das 18h25 desta segunda-feira (20), serão marcados pelo avanço de uma frente fria no Rio Grande do Sul, que vai provocar temporais em vários pontos do estado, incluindo a capital, Porto Alegre. De acordo com a Climatempo, há risco de que fortes chuvas atinjam São Paulo, Manaus, Palmas, Macapá, Natal, João Pessoa, Recife, Maceió, Aracaju e Campo Grande.

A estação, marcada pelo período de transição entre a época mais quente e úmida (verão) para a mais seca e fria (inverno), vai até as 11h58 (horário de Brasília) do dia 21 de junho. A princípio, deverá contar com a neutralidade climática, de maneira geral.

No começo do outono, as frentes frias devem ser de fracas a moderadas e costeiras, mais fortes e continentais no fim da estação, tanto no Sul quanto em parte do Sudeste do país. No decorrer dos dias, os períodos de sol ficam mais curtos, e as noites, mais longas.

Região Sudeste

O mês de abril começará ainda com algumas pancadas de chuva típicas de verão, mas ao longo do mês o tempo seco tende a predominar. Não são esperadas temperaturas muito elevadas, principalmente no interior de São Paulo e Minas Gerais. Na faixa litorânea de São Paulo e do Rio de Janeiro, há a possibilidade de ainda chover forte.


Em maio e junho, o tempo seco predomina em toda a região, com chance de dias de muito sol. Há a possibilidade de chover acima da média no sul da área entre São Paulo e Rio de Janeiro. "Massas de ar frio de moderada a forte intensidade podem chegar entre maio e junho, mas as quedas acentuadas de temperatura não serão muito frequentes", afirma a empresa de meteorologia.

Região Nordeste

No Nordeste, ainda chove bastante no mês de abril, com tendência de diminuição em junho. As temperaturas, principalmente as máximas, ficam abaixo da média neste período, por causa da nebulosidade persistente, segundo a Climatempo. Em junho, as temperaturas voltam a subir na região.


Região Norte

O Norte do país deverá ter ainda um mês de abril chuvoso, principalmente no Pará e no Tocantins, onde os volumes ficam acima da média. A temperatura acompanha essa tendência, ficando abaixo da média nessas localidades, devido à chuva persistente.

Nas outras áreas, a temperatura sobe no decorrer do outono e fica acima da média no Amazonas, em Roraima, em Rondônia e no Acre. As chuva frequentes da estação de outono elevam o nível dos rios da Bacia Amazônica, provocando as cheias do rios entre junho e julho, de acordo com a Climatempo.


Região Sul

A estação começa com chuvas ainda irregulares sobre parte da região Sul, principalmente no Rio Grande do Sul. Em abril, ainda serão registradas temperaturas acima da média, assim como muita chuva. A partir de maio, são esperadas variações térmicas, com a entrada de algumas massas de ar frio de até forte intensidade.

Região Centro-Oeste

Conforme a chuva diminui, o Centro-Oeste deverá registrar aquecimento gradual no decorrer do outono. Em abril, ainda ocorrem pancadas de chuva típicas de verão entre o norte de Mato Grosso e Goiás. Em maio e junho, o tempo fica firme por toda a região na maior parte dos dias. Somente no sul e no oeste de Mato Grosso do Sul pode chover acima da média nesse período, devido à chegada de frentes frias.

As quedas de temperatura mais acentuadas podem ocorrer especialmente em Mato Grosso do Sul e no sudoeste de Mato Grosso. Os termômetros ficam acima da média entre maio e junho em Mato Grosso, no oeste de Goiás e no norte/oeste de Mato Grosso do Sul.

La Niña x El Niño

Após três anos de influência no clima global, chegou ao fim em fevereiro o fenômeno climático caracterizado pelo resfriamento das águas do oceano Pacífico equatorial. Conforme a Climatempo, a La Niña terminou no mês passado, mas seus efeitos ainda podem ser sentidos no início de abril.

Com isso, tem início a transição para o El Niño, que deve elevar as temperaturas em todo o planeta. Nesse caso, o fenômeno se caracteriza por um aquecimento anormal do oceano Pacífico equatorial. De acordo com a empresa de meteorologia, no fim do outono, já em junho, o oceano Pacífico equatorial deverá estar com temperaturas acima da média em toda a faixa, principalmente próximo da América do Sul.

"O El Niño deverá se instalar de fato a partir de julho, e sua influência será notada a partir de agosto, como o aumento das chuvas na região Sul, diminuição no extremo norte e elevação das temperaturas, que tendem a ficar acima da média na metade da região Norte do país a partir de julho", acrescenta a Climatempo. "Estima-se que seja um El Niño de intensidade moderada nesse período. Estamos monitorando se será de maneira forte no próximo verão."

Durante o outono, é comum observar o avanço da Alta Subtropical do Atlântico Sul (ASAS) pelo Sudeste, o que favorece períodos mais secos entre as áreas centrais e parte do Sudeste do país, típicos da estação. Há ainda a formação de frentes frias e de instabilidades mais para o Sul do Brasil, Mato Grosso do Sul, Centro-Oeste e São Paulo.

O El Niño costeiro deve ter impacto ainda no aumento de chuva em parte do Sul do Brasil, entre Santa Catarina e o Paraná, e também em parte de Mato Grosso do Sul e de São Paulo.

"Por influência do aquecimento do oceano Pacífico, as temperaturas ficarão acima da média do sudoeste de São Paulo ao nordeste de Minas Gerais, passando pela zona da mata mineira e parte do sul mineiro, eem todo o estado do Rio de Janeiro e do Espírito Santo, além do noroeste do estado de São Paulo", afirma a Climatempo.

Já do norte do estado de São Paulo até o noroeste de Minas, a temperatura ficará abaixo de sua climatologia neste outono. Entre o centro do estado de São Paulo e parte do norte de Minas Gerais, os termômetros ficarão dentro da média.

O último episódio de El Niño foi entre 2015 e 2016, o ano mais quente da história, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU). Os efeitos desse evento climático podem durar até 18 meses.

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