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PCC pediu redução de ataques em SC para evitar prisões, diz MP-SP

De acordo com o Ministério Público, facção criminosa quer utilizar porto do Estado que é dominado pela rival Primeiro Grupo Catarinense

Cidades|Kaique Dalapola, do R7

Faixa de reivindicações assinada pelo PCC
Faixa de reivindicações assinada pelo PCC

O domínio absoluto da facção criminosa PGC (Primeiro Grupo Catarinense) e o temor de ter nomes importantes sejam capturados pela polícia fizeram a liderança do PCC (Primeiro Comando da Capital) pedir para os integrantes da organização parar de agir em Santa Catarina.

Essas são as informações investigadas pelo MP-SP (Ministério Público do Estado de São Paulo) entre março de 2017 e janeiro deste ano, que interceptou cartas e ligações telefônicas de supostos membros da facção criminosa PCC.

A investigação resultou na denúncia apresentada na última quinta-feira (5), que indiciou 75 pessoas, dentre eles, supostos integrantes que assumiram a liderança máxima do grupo criminoso enquanto o chefe da facção, Marcos Willian Herbas Camacho, o Marcola, e outros membros da cúpula estavam no RDD (Regime Disciplinar Diferenciado).

De acordo com a denúncia, o suposto membro do PCC Cláudio Barbará da Silva, preso na Penitenciária 2 de Presidente Venceslau, era um dos nomes de maior poder na facção após a transferência da cúpula para o isolamento.


Barbará que teria dado a ordem para os comparsas de Santa Catarina pararem de atuar no Estado durante um momento que a guerra entre PCC e PGC causava o aumento de homicídios na região.

O Estado é de interesse do PCC por causa dos portos, sobretudo o da cidade de Itajaí, onde a facção poderia enviar grandes quantidades de drogas para Europa. No entanto, a entrada da facção criminosa estava sendo freada pelo principal grupo criminoso local, que é o PGC.


Carta do PCC pede diminuição de ações da facção
Carta do PCC pede diminuição de ações da facção

Durante a tentativa do PCC de dominar Santa Catarina, as investigações do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), pertencente ao MP-SP, apontam que ocorreram 13 assassinatos em apenas um bairro de Florianópolis, além do aumento de confrontos entre membros de facção em pelo menos outros cincos bairros da capital, no ano de 2016.

Segundo o Ministério Público, a atuação do Primeiro Comando da Capital em Santa Catarina ia além da guerra com a rival local. “O PCC tem atuado de maneira a pressionar as autoridades locais a transferir seus integrantes presos para Unidades onde só haja integrantes da facção, pois desta forma teriam um refúgio seguro no caso de prisão”, diz o documento.


Todas as ordens e ações da facção seguiam as orientações vindas da Penitenciária 2 de Presidente Venceslau, onde Barbará estava preso. Segundo o promotor Lincoln Gakya, responsável pelas investigações, nada fugia do controle da cúpula do PCC, seguindo alinhado com as ideias de Marcola e companhia — que estavam no isolamento.

Em outra carta interceptada pelo Gaeco, membro do PCC dizem para os integrantes manter a cautela com relação aos ataques em Santa Catarina, por causa da possibilidade de um mapeamento realizado pela polícia.

Fazendo parte do plano para começar a agir no Estado, o bilhete escrito por supostos líderes do PCC fala em fazer manifestações em frente a órgãos públicos solicitando a transferência de comparsas presos no sistema carcerário catarinense. A ideia do grupo era ser maioria nas unidades prisionais, e dominar a população carcerária em prisões de Santa Catarina.

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