A Polícia Federal concluiu o inquérito que apurou o assalto à aeronave pagadora no Aeroporto Hugo Cantergiani, em Caxias do Sul (RS). O crime ocorreu em junho deste ano, quando cerca de dez homens invadiram o local com uniformes da corporação para roubar um carro-forte. Além disso, os assaltantes usaram carros adesivados com os símbolos da PF. Ao todo, 17 pessoas foram indiciadas, e dois suspeitos morreram em confronto com policiais. As penas máximas para os crimes indicados, se somadas, chegam a 97 anos de prisão.Segundo o inquérito, os indivíduos ligados a facções de São Paulo chegaram ao Rio Grande do Sul dias antes do crime e contaram com o apoio de parceiros locais para a execução da ação. O plano foi dividido em quatro etapas: planejamento, execução, fuga e exfiltração, que no jargão militar significa a operação de retirada da equipe.O planejamento incluiu a compra e transporte de fuzis, pistolas, armas de guerra, munições e explosivos. Além disso, a equipe responsável pela ação contou com roupas táticas, placas falsas, plotagem de carros e radiocomunicadores.Os crimes revelados na operação são:A operação foi chamada de Elísios, em homenagem ao sargento da Polícia Militar do Rio Grande do Sul que faleceu durante o assalto ao aeroporto. “Campos Elísios” é uma referência da mitologia grega ao lugar onde os homens virtuosos repousam dignamente após a morte.Ao todo, a ação resultou na prisão preventiva de 12 suspeitos, na emissão de prisões temporárias, no cumprimento de 12 mandados de busca e na apreensão de 26 veículos. A PF ainda representou à Justiça Federal pelo sequestro de 19 contas bancárias e quatro imóveis.