PF ouve primeiros depoimentos sobre ataque na Terra Yanomami
Um indígena morreu e dois ficaram feridos após ataque de garimpeiros à comunidade Uxiú, em Roraima, neste sábado (29)
Cidades|Agência Brasil
Agentes da PF (Polícia Federal) estiveram neste domingo (30) na Terra Indígena Yanomami para apurar o ataque à comunidade indígena Uxiú. Segundo lideranças indígenas, três yanomamis foram baleados na tarde deste sábado (29). Uma das vítimas, um agente de saúde que atuava na comunidade, morreu no local. As outras vítimas foram socorridas no posto de saúde que funciona na própria reserva e, posteriormente, transferidas para o Hospital Geral de Roraima, onde estão internadas.
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Em nota divulgada nesta tarde, a Superintendência da PF em Roraima informa que tomou conhecimento, no início da noite de ontem, de que garimpeiros teriam atacado a comunidade indígena. Já na madrugada de hoje, duas equipes do órgão foram deslocadas para lá, com o apoio da Funai (Fundação Nacional dos Povos Indígenas) e da Aeronáutica. O objetivo, segundo a PF, era não só começar a investigar o que aconteceu como também “interromper eventuais agressões que ainda estivessem em andamento”.
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Ainda segundo a PF, os agentes periciaram o local e ouviram o depoimento preliminar de testemunhas. “Outras diligências seguem em andamento para identificar, localizar e prender os autores dos crimes cometidos contra os indígenas”, garante o órgão, na nota em que menciona que os invasores da Terra Yanomami e os indígenas chegaram a trocar tiros.
Nas mídias sociais, o presidente do Condisi (Conselho Distrital de Saúde Indígena) Yanomami, Júnior Hekurari, denunciou que a comunidade Uxiú foi atacada por garimpeiros armados que “alvejaram” os três indígenas.
A ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, também usou suas contas nas redes sociais para anunciar que uma comitiva interministerial vai a Roraima para “reforçar ainda mais as ações de desintrusão [retirada de não indígenas] dos criminosos” da Terra Yanomami, que, segundo ela, atacaram a comunidade a tiros. “Solicitamos reforço do Ministério da Justiça para investigação da PF sobre esse caso.”