Polícia Federal desarticula facção que atuava dentro de presídios em Pernambuco e outros cinco estados
Grupo atuava no tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e outros crimes; foram cumpridas 29 prisões preventivas e 13 buscas
Cidades|Natália Martins, da RECORD, e Bruna Lima, do R7, em Brasília
A Polícia Federal desarticulou uma facção criminosa que atuava dentro de presídios em Pernambuco e em outros cinco estados. Foram cumpridas 29 prisões preventivas e 13 buscas e apreensões entre 30 de janeiro e 18 de fevereiro deste ano. Segundo as investigações, o grupo era chefiado por um presidiário que estava dominando o tráfico de drogas na região de Rio Formoso, Tamandaré e outras cidades do litoral sul pernambucano. A polícia descobriu ramificações da organização no Rio Grande do Norte, Paraíba, Ceará, Minas Gerais e Mato Grosso.
Além dos mandados, os policiais realizaram uma prisão em flagrante, A investigação começou no fim de 2022 e constatou que os criminosos organizaram distúrbios em um presídio e na região metropolitana de Recife para derrubar a cúpula de segurança Pública do Estado, em 2023. A ação serviria como represália à atuação do governo de Pernambuco contrariando interesses de parte da organização criminosa.
Os policiais também descobriram que um dos líderes planejou investir na campanha do próprio pai para prefeitura de um município pernambucano.
"Havia uma setorização das atividades criminosas, com alas dos grupos atuando diretamente no tráfico, lavagem de dinheiro e na intimidação e guerra pelo domínio de áreas onde estabeleceram pontos de vendas de entorpecentes", detalhou a PF.
Durante as diligências foram apreendidos quatro veículos, dez aparelhos celulares, um revólver calibre 38, uma réplica de fuzil e R$ 112.000,00 em dinheiro, com a realização de uma prisão em flagrante.
Parte dos membros da organização já cumpre pena em presídios de Pernambuco, Ceará e Paraíba, e alguns deles foram presos durante as investigações. Os alvos vão responder por tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. Juntos, esses crimes podem chegar a 25 anos de prisão.
A operação foi comandada pela FICCO/PE (Força Integrada de Combate ao Crime Organizado de Pernambuco), coordenada pela Polícia Federal em conjunto com as demais polícias do estado. Outros desdobramentos ainda podem ocorrer visando a captura de outros envolvidos.