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Polícia investiga fuga em presídio do AC e suposta ligação com Paraguai

Governo do Acre afirmou que 26 detentos escaparam. Polícia busca por relação entre o episódio com a fuga em presídio do Paraguai, ligada ao PCC

Cidades|Do R7

Vista áerea do presídio Francisco de Oliveira Conde
Vista áerea do presídio Francisco de Oliveira Conde

A Polícia Federal e a Abin (Agência Brasileira de Inteligência) foram acionadas pelo governo do Acre para ajudar com informações sobre a fuga de 26 presos do presídio Francisco de Oliveira Conde na madrugada desta segunda-feira (20), em Rio Branco, capital do Acre.

Leia mais: Túnel serviu de fachada para simular fuga, diz ministro paraguaio

A informação foi confirmada durante coletiva de imprensa realizada no Gabinete Civil do Governo do Estado do Acre. O objetivo é saber se há relação com a fuga ocorrida no Paraguai. Um dos fugitivos foi recapturado, escondido em uma área de mata próximo ao complexo.

O plantão no complexo penitenciário, incluindo nas três guaritas instaladas na muralha de sete metros estava sob responsabilidade da Polícia Militar até hoje. "Foi o último plantão da PM hoje", lamenta o presidente da Associação dos Policiais Penais do Acre, Eden Alves Azevedo, que defende a permanência do efetivo de 187 policiais militares que atuam na segurança do complexo.


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O governo estadual vai manter o cronograma de retirada de policiais do complexo. "Eu não concordo e vai piorar muito a situação", opina a juíza Luana Campos. Ela atuou durante oito anos na Vara de Execuções Penais e manteve, durante esse período a postura de cobrar do poder público providências para que a Lei de Execuções Penais fosse aplicada.

O último relatório elaborado pela equipe dela foi feito em dezembro do ano passado. O relatório aponta falhas na infraestrutura do prédio que possibilita construção de túneis e buracos.


"Essa fuga decorre da forma como está sendo conduzida a penitenciária, sem que o preso tenha seus direitos legais garantidos e, em contrapartida, o Iapen adotou política repressora. Não há um equilíbrio entre direitos e deveres. Não há estudo, trabalho e eles (presos) falam que são torturados diariamente. A Vara de Execuções Penais, na minha gestão, sempre enfatizou o quadro de poucos agentes penitenciários e a possibilidade de rebelião. Aliado à estrutura velha dos pavilhões, que, sem reforma, podem ser facilmente cavados buracos na parede".

Atualmente, são 1.170 policiais penais que atuam no Sistema Penitenciário do Acre para garantir a vigilância de aproximadamente 8 mil presos. Mais da metade deles está no Presídio Francisco de Oliveira Conde.

O Pavilhão L, onde estavam os presos ligados ao PCC (Primeiro Comando da Capital) e ao Bonde dos 13, grupo regional associado à facção paulista, foi o mesmo pavilhão onde morreram cinco pessoas em uma rebelião ocorrida em 2016.

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