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Polícia prende 7 e descobre jatos, Porsche e Ferrari do tráfico em GO

Suspeitos detidos pela Operação Icarus ostentavam vida luxuosa no exterior por meio de esquema que cooptava pilotos para o tráfico de drogas

Cidades|Cesar Sacheto, do R7, com informações da Record TV

Suspeitos presos pela Operação Icarus ostentam viagem à Dubai
Suspeitos presos pela Operação Icarus ostentam viagem à Dubai

Policiais civis do Grupo Antissequestro da Delegacia Estadual de Investigações Criminais de Goiás revelaram, nesta sexta-feira (9), um esquema criminoso altamente complexo pelo qual pilotos de aeronaves comerciais eram cooptados para o tráfico de drogas e lavagem de capitais. A Operação Icarus resultou na prisão de sete pessoas e na apreensão de jatos, carros de luxo, diversos artigos caros e cerca de R$ 571 mil em dinheiro, entre reais e dólares. 

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A investigação teve início há seis meses, após o desaparecimento do piloto Bruce Lee Carvalho dos Santos, ocorrido no fim do ano passado, quando pilotava um avião modelo Piper Sêneca (prefixo PT-VPH). A aeronave seria de propriedade da organização criminosa, comandada por um holandês radicado no Brasil, segundo a polícia goiana.

Ainda de acordo com as autoridades policiais, há indícios de que o piloto tenha sofrido um acidente e caído em um lago na Bolívia, após bater em um fio de alta tensão, durante uma das viagens ilegais. Bruce Lee e a aeronave ainda não foram localizados.


Voos perigosos

De acordo com a apuração policial, o grupo contratava pilotos para voos com o propósito de buscar drogas em países vizinhos, principalmente Colômbia e Peru, além da própria Bolívia.


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As viagens eram sempre muito arriscadas, pois as aeronaves deveriam ser modificadas para que voassem com mais autonomia. Os reabastecimentos ocorriam em pleno voo — sempre realizados com equipamentos de localização desligados e em baixa altitude para escapar dos radares do controle aéreo.


Jato apreendido por policiais civis de Goiás
Jato apreendido por policiais civis de Goiás

Rota das drogas

A investigação descobriu também que os entorpecentes entravam no Brasil pelo Pará e seguiam para Goiás em um caminho já conhecido e batizado de "rota caipira" do tráfico pelos policiais.

Em solo brasileiro, a droga era armazenada e passava por um tratamento antes de ser liberada para a exportação. O destino era a Europa, especialmente países como: França, Holanda, Alemanha e Bélgica.

Os entorpecentes eram enviados em lotes de produtos como granito, mármore e gêneros alimentícios. As cargas menores eram transportadas por "mulas", pessoas pagas pelos traficantes para levar o material nas bagagens em voos regulares.

Vida de luxo

Os integrantes da organização criminosos desfrutavam de uma vida luxuosa, moravam em condomínios fechados, circulavam em carrões, usavam relógios caríssimos e outros artigos de luxo.

Dois deles ostentaram a riqueza originada pelo tráfico de drogas durante uma viagem a Dubai, no Oriente Médio. Ambos posaram para fotos usando roupas típicas locais e ao lado de duas Ferrari.

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Prisões e apreensões

Com os suspeitos detidos, os policiais apreenderam dois jatos (modelos Dassault Falcon e Cessna Citation), um helicóptero (Eurocopter EC 130) — uma das aeronaves foi localizada em Sorocaba (SP), 11 veículos e uma moto aquática, além de oito relógios Rolex e outros cinco da marca Hublot.

No total, foram cumpridos 20 mandados de busca e apreensão. As prisões ocorreram em Goiânia, Santana do Parnaíba (SP) e São Félix do Xingu (PA). Um suspeito está foragido.

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