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Estudante da Paraíba desenvolve método para extrair pó de planta com propriedades medicinais

Uma pesquisa realizada no Laboratório de Termodinâmica do Centro de Tecnologia (CT) da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) resultou na patente para um método de secagem em camada de espuma para obtenção do pó da folha da planta Morinda Citrifolia, conhecida como Noni, largamente consumida na Ásia há mais de 2 mil anos. Leia mais […] The post Estudante da Paraíba desenvolve método para extrair pó de planta com propriedades medicinais first appeared on Portal Correio.

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Uma pesquisa realizada no Laboratório de Termodinâmica do Centro de Tecnologia (CT) da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) resultou na patente para um método de secagem em camada de espuma para obtenção do pó da folha da planta Morinda Citrifolia, conhecida como Noni, largamente consumida na Ásia há mais de 2 mil anos.

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A patente é fruto da pesquisa de mestrado de Anna Caroline Feitosa Lima, sob orientação de Josilene de Assis Cavalcante, do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Química (PPGEQ). De acordo com a aluna egressa da UFPB, a importância da patente está nas características do método de secagem unidas às importantes propriedades medicinais da folha de Noni, uma vez que estudos fitoquímicos mostram que a folha dessa planta contém uma variedade de componentes químicos, incluindo terpenóides, fitoesteróis, ácidos graxos, iridóides glicosídicos, flavonóides glicosídeos, que estão relacionados a propriedades bioinseticidas, antibactericidas, antioxidantes, anti-inflamatórias, dentre outras.

A secagem é uma maneira de aumentar o tempo de vida útil de produtos, uma vez que, ao se reduzir a atividade de água, diminui-se o risco de proliferação de microrganismos. E, segundo Anna Caroline, a secagem em camada de espuma desponta como técnica de execução simples e mais barata que as convencionais, preserva algumas propriedades da folha e evita a desnaturação de proteínas, por exemplo.


Nesse tipo de secagem, geralmente, alimentos são transformados em uma espuma estável usando aditivos como emulsionantes e estabilizantes; na sequência a espuma é espalhada e desidratada em temperaturas amenas que potencializam a manutenção de várias enzimas sensíveis a temperaturas altas. Mas no caso da patente, o agente espumante utilizado foi o emulsificante Portogel.

Desta forma, utilizar este método de secagem em camada de espuma com grande potencial de preservação das propriedades medicinais da folha de Noni é o diferencial da invenção do método que resultou na patente. O processo permite a rápida remoção de água e resulta em um produto poroso e de fácil reidratação.


“Foi a primeira vez que as folhas de Noni foram secas com a utilização do método de secagem em camada de espuma. A partir da secagem, é possível aplicar o pó em produtos cosméticos, como xampu, condicionador, hidratante, gel facial. E também em outros produtos, como pasta de dente, por exemplo”, esclarece a pesquisadora Anna Caroline Lima.

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Para chegar ao método ideal, foram realizados 11 testes nos quais foram avaliados a concentração de agente espumante, tempo de agitação e temperatura de secagem, com o intuito de verificar as influências no tempo de secagem e umidade final de base seca. O pó obtido nos 11 experimentos mostrou valores médios de umidade e atividade de água em níveis que favorecem a conservação e comercialização dentro dos padrões exigidos pela legislação.

As melhores condições para a fabricação do pó em larga escala foram encontradas no quinto experimento, no qual foi utilizada uma baixa concentração do agente espumante, que resultou no segundo menor tempo de secagem (140 minutos) e na menor atividade de água, o que minimiza as chances de contaminação microbiológica e permite uma maior segurança de estocagem do pó da folha de Noni.

De acordo com Anna Caroline, as demais caracterizações físico-químicas do pó, como rendimento, solubilidade, sólidos solúveis totais, acidez titulável total, pH, teor de lipídeos, teor de ácido ascórbico e cinzas apresentaram valores próximos aos encontrados na literatura para outros tipos de folhas em pó, bem como para o fruto do Noni em pó, o que acrescenta fatores positivos à patente desenvolvida na UFPB.

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