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Estudante do IFPB se destaca com projetos inovadores para grandes empresas

De menino curioso em saber como funcionavam os brinquedos até o estudante de Engenharia Elétrica que participa do desenvolvimento de projetos de tecnologia para empresas multinacionais. Esse poderia ser um resumo da história de Everton Arruda, aluno do Instituto Federal da Paraíba (IFPB), mas a trajetória desse rapaz de 22 anos revela muito mais: a […]

Portal Correio|

De menino curioso em saber como funcionavam os brinquedos até o estudante de Engenharia Elétrica que participa do desenvolvimento de projetos de tecnologia para empresas multinacionais. Esse poderia ser um resumo da história de Everton Arruda, aluno do Instituto Federal da Paraíba (IFPB), mas a trajetória desse rapaz de 22 anos revela muito mais: a união da tecnologia com a capacidade inventiva dos jovens. Ele é o personagem da terceira reportagem especial da série ‘Quem Estuda Vai Longe!’.

Everton ganhou destaque em março deste ano, quando em conjunto com outros três estudantes, apresentou um projeto de plataforma mobile que permite a reciclagem de embalagens de aço de maneira inteligente, o SteelBack. O projeto conquistou o 3° lugar geral e o 1° lugar na categoria Experiência no Hacktudo Festival de Cultura Digital da região Sul Fluminense, promovido pela Companhia Siderúrgica Nacional (CSN).

Éverton Arruda
Éverton Arruda Éverton Arruda

Outro projeto que Everton participou, o Trek – uma solução com sensores instalados em placas fotovoltaicas para identificar problemas na geração de energia solar – foi premiado com o 2º lugar na HackaPower, competição organizada pela Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (Unijuí).

Mas não para por aí: ele também se orgulha por ter desenvolvido projetos para grandes empresas como a Petrobras e até a Nasa, no desafio NASA’s International Space Apps Challenge.

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Levado pela curiosidade

Everton conta que a opção pelo curso de Engenharia Elétrica se tornou quase um caminho natural desde a infância. “Minha paixão pela engenharia começou desde pequeno, sempre que eu e meus irmãos ganhávamos um brinquedo, eu era o único a tentar entender o funcionamento deles, desmontava e montava de outras formas e analisava como foram criados”, explicou.

No Ensino Médio, ele entendeu como essa curiosidade podia ajudá-lo no desenvolvimento de ideias inovadoras. “Mais tarde entendi que essa visão analítica e curiosa se traduzia em engenharia, e com o ensino médio, bastante pesquisa e exemplos profissionais próximos a mim, percebi minha afinidade com a Engenharia Elétrica, tanto em relação às disciplinas que eu iria cursar com o desenvolvimento do curso, quanto o mercado de trabalho”, disse.

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Já na universidade, ele passou a participar de grupos de pesquisa e competir em “hackathons”, eventos promovidos por grandes empresas e startups para desenvolver inovações tecnológicas. Nesse período, ele também fez um estágio de curta duração em uma multinacional brasileira, a VTEX.

“Todas essas experiências me trazem clareza sobre que tipo de trajetória profissional eu desejo realizar após a minha formação no curso e quais áreas tenho maior facilidade em realizar trabalho com total afinidade das atividades desempenhadas, e isso é e sempre foi muito importante para mim”, afirmou Everton.

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Adaptação na pandemia

Enquanto respondia a esta entrevista, Everton estava “de boas”, como a geração mais nova costuma falar, mas quando voltar das férias vai montar um novo cronograma de planejamento para o próximo período acadêmico e os projetos futuros. Ele disse que essa foi a forma que encontrou para otimizar os estudos em plena pandemia, sem atividades presenciais.

O fato de ter que estudar e desenvolver tudo o que fazia na universidade em casa não foi um fator negativo para Everton. “Sempre fui uma pessoa muito adaptativa, portanto eu consegui me adaptar em desempenhar bem as minhas atividades de forma totalmente a distância, inclusive me comunicar com colegas e professores por plataformas online. Até acho que isso estreitou algumas relações, porque o isolamento social aumenta ou expõe a capacidade de cooperação entre pessoas e, no mínimo, deixou isso mais evidente”, disse o estudante.

Ele afirmou que vivenciar uma pandemia como estudante no Brasil é desafiador, porém se mantém otimista quanto ao que pode vir após terminar o curso. “Tento mentalizar um desfecho positivo em relação a essas variáveis que não temos controle de forma direta e seguir sendo a melhor versão de estudante a cada novo semestre e desafio”, afirmou.

Tecnologia e sustentabilidade

As experiências como a do projeto SteelBack levaram Everton a enxergar como a tecnologia pode contribuir para um futuro mais limpo e sustentável do planeta. “As empresas têm apoiado, criado e engajado movimentos que aumentam a responsabilidade social e sustentável com o meio ambiente em relação a processos de produção de produtos, serviços e/ou projetos”, explicou o estudante.

Para uma mudança de fato acontecer, ele acredita que mais empresas devem aderir aos conceitos de sustentabilidade. “Eu acredito que essa é uma tendência que vai se reverberar no mercado, conforme grandes empresas brasileiras apoiarem de forma massiva esse propósito de responsabilidade sustentável, isso irá gerar uma reação em cadeia, em que empresas de porte médio e pequeno irão integrar esse ecossistema positivo de desenvolvimento de produtos”, disse.

Professor viu interesse por pesquisas

O lado curioso e questionador de Everton chamou a atenção de um dos seus professores do IFPB, Allysson Macário. “Conheci Everton na disciplina de Eletricidade e Magnetismo (do curso de Engenharia Elétrica). Como gosto muito de pesquisa, sempre divulgava entre os alunos as pesquisas que fiz, que estavam em andamento, e ele sempre perguntava. Aí surgiu a oportunidade de fazer um projeto no qual fui orientador dele”, contou o docente.

Allysson destacou que Everton sempre foi muito organizado e participativo, qualidades que são importantes em tempos de pandemia e aulas virtuais. “Em um curso de Exatas, como Engenharia Elétrica, existe uma dificuldade dos alunos compreenderem matérias que envolvem muito cálculo, demonstração, é um desafio tanto para o aluno quanto para o professor. Alguns alunos conseguem acompanhar, outros ficam mais tímidos”.

O professor diz o que os estudantes devem fazer para acompanharem as aulas e melhorarem os estudos. “Meu conselho é que os alunos procurem outras fontes, não só o docente da disciplina. Hoje em dia, a internet é um mundo, você pode assistir a aulas de outros professores, se antecipar para ter um conhecimento prévio do conteúdo, e sempre estar dialogando com o professor porque ele está lá para ajudar”, explicou.

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