Promotor diz que comandante da PM do AM tem disfunção erétil
Coronel David Brandão denunciou a publicação ao Conselho Nacional do Ministério Público e pediu R$ 60 mil de indenização por danos morais
Cidades|Plínio Aguiar, do R7

O comandante geral da Polícia Militar no Amazonas, coronel David Brandão, foi chamado de “coronel p** mole” em uma publicação do Diário Oficial do Ministério Público do Amazonas, no dia 4 de junho.
O autor da publicação foi denunciado pelo comandante-geral da PM ao CN-MP (Conselho Nacional do Ministério Público). A ação pede R$ 60 mil como indenização por dano moral e também o afastamento do promotor.
A publicação refere-se à portaria 002/2018 e foi retirada do ar no dia seguinte. “Expedição de ofício ao Exmo. Sr. Comandante-Geral da Polícia Militar do Estado do Amazonas, coronel p** mole, por meio do Procurador-Geral de Justiça para tomar conhecimento da instauração do presente inquérito civil e, caso deseje, prestar informações e encaminhar documentos que julgar necessários ao esclarecimento dos fatos no prazo de 10 dias, dada a urgência e gravidade dos fatos apurados, bem como solicitando a imediata alocação de uma viatura para realizar os trabalhos de patrulhamento da Polícia Militar na cidade de Japurã (AM).
Por meio de nota, o Ministério Público informou que a publicação foi digitada com "erro grosseiro e ofensivo". Segundo a pasta, as portarias referentes a atos ou procedimentos das promotorias de Justiça são enviadas para a Procuradoria-Geral já com o conteúdo editado para a publicação. "Assim que o erro foi identificado, o órgão corrigiu e determinou a apuração do fato, a fim de que tamanha falha seja devidamente responsabilizada", diz o texto.
O MP diz, ainda, que o órgão sempre "cultivou uma relação harmoniosa com a Polícia Militar, o qual tem o maior respeito pelo trabalho e conduta ilibada do coronel David Brandão". O órgão informou também que a Procuradoria-Geral da Justiça está investigando o caso.
O Conselho Nacional do Ministério Público informou que o conselheiro Marcelo Witzel indeferiu o pedido liminar de afastamento do promotor autor da expressão, pedido pelo coronel Brandão. Referente a punição, o texto diz que o aplicação ou não dependerá da análise por parte do plenário do órgão.
Procurada pela reportagem do R7, a Polícia Militar do Amazonas ainda não se pronunciou. O espaço está aberto para manifestação.