A Receita Federal e a Polícia Federal realizam nesta terça-feira (27) a Operação Ruta 79, com o objetivo de desarticular organização criminosa suspeita de exportar ouro extraído ilegalmente em garimpos clandestinos na região amazônica.
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As investigações indicam a existência de um sofisticado esquema fraudulento que envolve o garimpo ilegal de ouro, sua exportação com o uso de "mulas" que portavam o metal até a Europa, uso de documentação falsa para legalizá-lo no exterior, envio para a Ásia para a produção de joias e retorno do material ao Brasil.
A investigação apura ainda a suposta prática de crimes como: lavagem de dinheiro cometida por organização criminosa no exterior, contrabando, descaminho, receptação, sonegação fiscal e usurpação de bens da União. A estimativa é que que foi desviada aproximadamente uma tonelada de ouro extraída de garimpos clandestinos.
São cumpridos quatro mandados de prisão preventiva e 21 mandados de busca e apreensão, sendo 10 em pessoas jurídicas e 11 em pessoas físicas. A Receita Federal enviou equipes para acompanhamento do cumprimento dos mandados às pessoas jurídicas que teriam relação com as irregularidades.
As ações ocorrem simultaneamente nos municípios de São Paulo, Mirassol, Piracicaba, São José do Rio Preto, Angra dos Reis e Belo Horizonte, abrangendo os estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Os esquemas também envolviam pessoas físicas que omitiam o porte dos objetos objetos e valores às autoridades aduaneiras.
O nome da operação faz referência à expressão "ruta de oro", tendo em vista que parte do ouro exportado ilegalmente foi regularizado de forma fraudulenta na Europa com o uso de documentos falsos supostamente paraguaios. O número 79 remete à posição do elemento químico ouro na tabela periódica.