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Siamês separado em março faz aniversário de 6 anos em UTI

O irmão do garoto morreu três dias depois da cirurgia, após sucessivas paradas cardíacas

Cidades|Do R7

Uma festa de aniversário quebrou a rotina da UTI (Unidade de Terapia Intensiva) Pediátrica do HMI (Hospital Materno Infantil), em Goiânia (GO), no final da tarde desta quarta-feira (8). O menino Heitor Brandão, que sobreviveu a uma das mais delicadas cirurgias de separação de gêmeos siameses já realizadas pela unidade, completou seis anos. Referência no procedimento, o HMI usou até protótipos 3D dos órgãos, em tamanho real, para a operação.

Heitor foi separado do irmão Arthur há 16 dias. Eles tinham nascido ligados pelo tórax, abdome e bacia, compartilhavam o fígado e genitália e tinham três pernas. Arthur não resistiu e morreu três dias depois, após sucessivas paradas cardíacas.

Nesta quarta-feira, Arthur foi lembrado com muita emoção pelos pais, Eliana e Delson Brandão, que tiveram permissão do hospital para a entrada na UTI com outros dois filhos, um deles adotado recentemente.

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Por uma rede social, Delson falou sobre os meninos. "Tuka (Arthur) resolveu virar estrela e você (Heitor) resolveu ficar para se tornar o doutor Heitor Ledo Rocha Brandão, o cantor Heitor Brandão, o pintor Heitor Ledo e o surfista Heitor Rocha", escreveu o pai.

Nas fotos e vídeos produzidos pela assessoria de imprensa do HMI, Heitor aparece com chapéu de festa em meio a balões, um bolo, presentes e outros adereços. A equipe médica também participou da festinha.


Passada a comemoração, o menino que, em seis anos, chegou a passar por 15 cirurgias preparatórias antes da separação, segue internado na UTI Pediátrica do hospital, respirando sem o auxílio de oxigênio. A equipe médica informou que ele se alimenta normalmente, com dieta livre via oral. Não há previsão de alta.

A família é natural de Riacho do Santana, no interior da Bahia. Eliana se mudou para Goiânia após descobrir que estava grávida de gêmeos siameses. O meninos são acompanhados pelo cirurgião pediátrico Zacharias Calil, há seis anos.

Na cirurgia de separação, que durou mais de 15 horas, Calil chefiou uma equipe de 40 profissionais. Em 14 anos, de 28 casos de siameses registrados no HMI, vindos de diferentes Estados brasileiros, 12 chegaram à condição de separação e, destes, dez sobreviveram.

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